*Matéria atualizada às 12h50 do dia 15 de julho de 2022
A secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta sexta-feira (15) o primeiro caso de varíola dos macacos na cidade. O paciente é um homem de 31 anos, que mora na região Norte e que viajou a São Paulo, onde participou de eventos.
Segundo o comunicado, os primeiros sintomas apareceram em 21 de junho e o caso era investigado desde o dia 8, quando ele procurou atendimento na rede pública. Este é o quarto caso da doença na região de Campinas (veja abaixo).
“O homem passa bem, está isolado em casa e continua sendo acompanhado por equipes de saúde. Os contatos apontados pelo paciente estão sendo monitorados. Até o momento, nenhum deles apresentou sintomas”, diz a pasta.
A secretaria lembra que a doença é transmitida por contato direto ou indireto com as lesões de pele, contato próximo por tempo prolongado e por vias sexuais, ou respiratórias. Além disso, alerta para os sintomas (leia abaixo).
“As pessoas que tiverem um dos sintomas devem procurar um serviço médico e ficar isoladas. A doença costuma durar de duas a quatro semanas”, completa o comunicado.
A enfermeira do Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde), Christiane Ambrósio, lembra que é primordial o aviso às autoridades de saúde da cidade.
“Para as pessoas que viajaram ao exterior ou tiveram contato com quem viajou e tenham sintomas, importante procurar o serviço de saúde e ficar isolado. Os casos são leves até o momento, mas é importante procurar atendimento”, explica ela.
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RELEMBRE OS CASOS
O primeiro morador da região, em Vinhedo, teve a infecção por varíola dos macacos confirmada no dia 11 de junho e foi liberado do isolamento 10 dias depois. Depois dele, foram confirmados mais dois casos em Indaiatuba.
Em Americana, um homem de 39 anos também foi internado com suspeita de varíola dos macacos. Até o momento, porém, não houve a confirmação. Já em Valinhos, uma pessoa com suspeita teve o teste negativo confirmado.
RITMO DE CONTÁGIO
O primeiro diagnóstico positivo do vírus foi na capital paulista, no dia 8 de junho. Até o dia 3 de julho, foram mais 52 infecções, conforme a pasta de Saúde. Ou seja, o salto do número de casos em 25 dias foi de 5.200% no estado.
Na comparação com a covid-19, porém, o ritmo das contaminações é menor. Isso porque o primeiro caso do coronavírus foi descoberto em 26 de fevereiro de 2020. Depois de 25 dias, já eram 631 contaminados, aumento de 63.000%
Para o presidente da Sociedade de Virologia, Flávio Guimarães da Fonseca, o surto da doença no País e no mundo não deve ter o impacto da covid-19. Apesar disso, ressalta a importância do diagnóstico rápido e do monitoramento.
“Felizmente esse surto traz um doença leve em termos comparativos com a covid. As doenças não estão na mesma escala. Mas o momento mais importante é a vigilância e, se apresentar os sintomas, procure atendimento”, diz.
A DOENÇA
Também conhecida como monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença viral transmitida por contato próximo ou íntimo com um infectado, com lesões de pele ou ainda por contato com objetos e tecidos utilizados por infectados.
Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos tendem a ser leves de modo geral e requerem cuidados, além de observação das lesões nos pacientes.
QUAIS OS SINTOMAS?
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço podem aparecer como os primeiros sintomas. De um a três dias após o início desses sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele. As lesões podem aparecer nas mãos, boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
COMO SE PREVENIR?
– Evitar contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado;
– Evitar o contato com qualquer material, como roupas de cama, que tenha sido utilizado pela pessoa doente;
– Higienização das mãos, lavando-as com água e sabão e/ou uso de álcool gel.
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