A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) divulgou nesta quinta-feira (21) o Relatório Anual de Sinistralidade no Trânsito 2023, em evento realizado na sede da empresa. O anuário detalha a evolução da mortalidade no trânsito nos últimos 10 anos e traz análises sobre os dados de mortes em 2023: perfil das vítimas, locais críticos, faixas horárias de maior incidência, tempo de sobrevida e fatores de risco associados aos óbitos.
Relatório Anual de Sinistralidade no Trânsito 2023
Em 2023, 159 pessoas perderam a vida no trânsito em 149 acidentes fatais. Entre as vítimas:
- 53 mortes ocorreram em vias urbanas até setembro de 2024.
- 79 mortes (49,7%) ocorreram em vias urbanas e 80 (50,3%) em rodovias ao longo de 2023.
- Do total, 83 eram motociclistas, 44 pedestres, 26 ocupantes de veículos e seis ciclistas.
Sexo
Os homens representaram 83% das vítimas fatais, e jovens de 18 a 29 anos foram o grupo mais afetado, com 38% (60 mortes). Entre os jovens, 68% das vítimas eram motociclistas. Já entre idosos (60+), 62% dos mortos eram pedestres.
Principais causas de acidentes com mortes
- Em vias urbanas, 45% dos acidentes fatais envolveram velocidade excessiva e 33% estavam associados ao consumo de álcool.
- Nas rodovias, o álcool foi responsável por 38% dos acidentes fatais, seguido pela velocidade, presente em 32% dos casos.
- O terceiro fator mais relevante para acidentes de trânsito fatais nas vias urbanas á a infraestrutura, com 15,6%.
- Já nas rodovias, o terceiro fator mais importante foi o comportamento dos pedestres, responsável por 17,4% dos acidentes fatais.
Locais críticos e redução de mortes
A Avenida John Boyd Dunlop, a maior de Campinas, concentrou mais de 10% das mortes no trânsito entre 2019 e 2023, com 37 óbitos. No entanto, houve uma queda de 54% nas fatalidades na via entre 2021 e 2023: 13 mortes em 2021, oito em 2022 e seis em 2023. Até outubro de 2024, foram registradas três mortes no local.
Entre os 50 pontos críticos em Campinas, 54% estão concentrados em três corredores urbanos:
- 17 pontos ficam na Avenida John Boyd Dunlop
- 5 pontos estão localizados na Avenida Ruy Rodrigues
- 5 pontos estão na Avenida das Amoreiras
Da mesma forma, 16,9% dos óbitos estão concentrados em três corredores urbanos críticos, com:
- 37 mortes (10,5%) na Avenida John Boyd Dunlop
- 13 mortes (3,7%) na Avenida Ruy Rodrigues
- 10 mortes (2,8%) na Avenida das Amoreiras
A Rodovia Anhanguera (SP-330) tem o maior número de vítimas fatais entre 2019 e 2023, com 79. Em segundo lugar está a Santos Dumont (SP-075) e em terceiro a Rodovia Dom Pedro I (SP-65)
Local das mortes
- 34,2% das vítimas em vias urbanas morreram no local do acidente, enquanto, nas rodovias, esse índice foi de 63,8%.
- Ambos os números apresentam redução em relação a 2022, atribuída ao menor impacto dos acidentes e à melhoria no atendimento pós-acidente.
Panorama de 10 anos
Nos últimos 10 anos, Campinas registrou 1.483 mortes no trânsito.
Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito
Para chamar a atenção para os impactos da violência no trânsito, a Emdec e a Adeacamp (Associação dos Esportes Adaptados de Campinas) se uniram para transmitir uma mensagem de conscientização, alusiva ao Dia Mundial em Memória às Vítimas de Sinistros de Trânsito, lembrado no terceiro domingo de novembro de cada ano. A data reconhece a dor das vítimas e familiares afetados pela mortalidade no trânsito.
“Temos um trabalho incansável para reduzir os óbitos no trânsito que envolve a realização de obras de geometria, campanhas educativas, sinalização e fiscalização. Na avenida John Boyd Dunlop, por exemplo, passamos de 13 mortes em 2021 para seis em 2023. E, até setembro deste ano, quatro vidas já foram salvas em vias urbanas”,
destacou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete.
Os atletas de Rugby em Cadeira de Rodas, Ademir Batista de Souza e Erick Artur de Souza, que sofreram lesões permanentes após acidentes de trânsito, relatam suas trajetórias de sofrimento, adaptação e superação em conteúdos disseminados nas redes sociais, painéis digitais e cartazes em ônibus. A ação envolve a Emdec, a Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global e a Vital Strategies. Os vídeos da campanha podem ser acessados na página da Emdec no Youtube – clique aqui para acessar.
“Uma imprudência no trânsito pode gerar perdas irreversíveis. Fiquei tetraplégico e as vidas de dois amigos foram interrompidas pelo acidente. A vida de uma pessoa pode mudar em segundos. O esporte me trouxe de volta para a vida”, destacou Ademir durante o evento. “Como vítima, não recebi empatia ou socorro. Aquele um segundo que o condutor não parou e não respeitou a sinalização mudou a minha vida. É preciso refletir que a pressa no trânsito pode tirar a sua vida ou a de outra pessoa”,
enfatizou Erick.
Na apresentação, também foi lançada ação, com depoimentos reais de vítimas do trânsito, para alertar sobre as consequências dos acidentes. A iniciativa faz parte das ações em alusão ao Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito, celebrado no último dia 17 de novembro.
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