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CotidianoVenda de imóveis cai 41% no 1º semestre na região de Campinas

Venda de imóveis cai 41% no 1º semestre na região de Campinas

Levantamento compara os dados deste ano com o mesmo período de 2021 em Campinas; número de locações também teve queda

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Venda de imóveis cai 41% no 1º semestre na região de Campinas (Foto: Reprodução/EPTV)

A venda de imóveis na região de Campinas registrou queda de 41% no primeiro semestre de 2022, segundo levantamento do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis). Os dados comparam as vendas deste ano com o mesmo período de 2021.

De acordo com o balanço, o número de locações também caiu durante os primeiros seis meses de 2022, com uma queda de 85%.

“Em 2021, nós tínhamos taxas de juros mais baixas, a Selic estava mais baixa e o mercado estava muito embalado naquela questão da substituição da moradia. Ainda estava muito presente o lockdown e o trabalho home office. Então, aquele que tinha um apartamento de dois dormitórios, passou para um de três. O que morava em um apartamento em uma grande cidade, mudou para uma casa em uma pequena cidade, do interior, que ele pode trabalhar à distância. Buscou qualidade de vida”, afirma presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto. 
 
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A pesquisa ainda aponta que vários fatores estão atrapalhando os negócios do setor imobiliário. Além dos juros mais altos para financiamentos, há as incertezas econômicas de um ano de eleições.

O poder aquisitivo das famílias também sofreu durante o período da pandemia, e muitos possíveis compradores de antes não conseguem mais se enquadrar nas exigências dos bancos.

Essas justificativas são as mais ouvidas pelo corretor de imóveis Gilson Mendes na hora de fechar um novo negócio.

“Há dois anos, por exemplo, para você financiar R$ 100 mil você precisava de uma renda de R$ 3 mil. Hoje, para você conseguir financiamento de R$ 100 mil você tem que ter uma renda de R$ 4,2 mil. Então, a diferença é muito grande para quem está tentando comprar o primeiro imóvel”, comenta.

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Uma imobiliária que costumava cuidar de mais de 5 mil imóveis e vendia, por mês, uma média de 12 apartamentos de 250 mil reais no ano passado, hoje tem vendido cerca de três por mês.

CONSTRUTORAS

Com o aquecimento do setor nos dois anos anteriores, muitas construtoras correram pra entregar novas unidades. Entretanto, essas casas e apartamentos estão vazios e possuem menos compradores agora.

“Quando o mercado estava muito quente, com muita demanda, estava alugando por preços até acima do que valia o imóvel. Agora, colocar o imóvel de volta hoje, é preciso precificar realmente o que o imóvel vale para colocar para alugar por um preço justo. No preço de venda, é a mesma coisa. Se não colocar o imóvel no valor correto, vai sofrer um pouco mais para vender sim”, relata o sócio de imobiliária Daniel Aranovich. 
 
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