O estado de São Paulo vive um dos piores períodos com ocorrências de incêndios florestais desde o início da série histórica em 1998. Segundo a Defesa Civil, 99,9% dos focos de queimadas no Interior do estado foram provocados por ação humana. Mas você sabia que o fogo pode começar de forma espontânea em certos locais, como áreas de descarte de lixo?
Com altas temperaturas, materiais que estão jogados em áreas de mata podem dar origem ou servir de alimento para incêndios. Em janeiro deste ano, uma empresa de reciclagem de Valinhos foi consumida pelo fogo. A suspeita da Defesa Civil é de que o calor de 35ºC tenha causado ignição espontânea, pois o terreno tinha uma grande quantidade de plásticos e papeis.
Quais materiais podem causar incêndios espontâneos?
À EPTV, o ambientalista Allan Duarte deu detalhes sobre materiais que podem gerar esse risco. Veja abaixo:
- Vidro: esse tipo de material concentra raios solares e cria o efeito de uma lupa. Quando refletido em uma vegetação seca ou algum material inflamável, como madeira, plástico ou tecido, pode dar início à combustão.
- Pilhas e baterias: quando descartadas de forma incorreta e expostas a altas temperaturas, elas podem esquentar, gerar faísca e até explodir. Se isso ocorre perto de outros materiais inflamáveis ou vegetação seca, o fogo se espalha.
- Papel, plástico e tecido: embora seja rara a possibilidade desses materiais pegarem fogo sozinhos, eles podem servir de alimento para as situações citadas anteriormente, como a explosão de baterias, o efeito lupa com vidro e as faíscas de uma linha férrea, por exemplo.
Como evitar o descarte irregular?
O fogo espontâneo é pouco comum, mas extremamente perigoso. Ele pode resultar em incêndios incontroláveis e que causam danos significativos às pessoas e ao meio ambiente. Por isso, o combate e a prevenção são fundamentais.
Uma forma de fazer isso é evitar que esses materiais fiquem expostos, ou seja, combatendo o descarte irregular. “Tomar como cultura no dia a dia, não jogar bituca de cigarro, não descartar materiais em local inadequado”, disse o ambientalista.
“Existe a cultura da limpeza do quintal, muitas vezes, com fogo. Isso também precisa ser evitado. Além de ser um vetor de propagar um incêndio de maiores proporções, mesmo sendo de pequena proporção, também cria esse efeito que estamos vivendo hoje”.
Pelo 2º dia consecutivo, SP é cidade com pior qualidade do ar do mundo
Após ter sido registrada como a cidade com pior qualidade do ar na segunda-feira (9), São Paulo amanheceu liderando o ranking novamente nesta terça-feira (10).
Por volta das 8h20, a capital paulista marcava 158 pontos no índice do site suíço IQAir, que faz a medição da qualidade do ar nas metrópoles mundiais.
De acordo com o portal, de 0-50, a avaliação é boa; de 51-100, moderada; de 101-150, insalubre para grupos sensíveis; de 151-200, insalubre; de 201-300, muito insalubre; e de 301 para cima, perigoso.
*Com informações de Júnia Vasconcelos/EPTV Campinas
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