O Brasil registrou deflação pelo 3º mês consecutivo, sendo que em setembro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerando a inflação oficial, ficou em -0,29%. No estado, o IPCA ficou em -0,32%. No setor de alimentos e bedidas, índice também negativo de 1,27% – sendo que nesse caso isso ocorreu depois de dois meses seguidos de alta.
Apesar disso, na hora de fazer as compras, o consumidor não percebe tanto essa queda nos preços. Isso porquê, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em cerca de 7%. No grupo “alimentos e bebidas”, a alta foi de 11,65%. Veja outros aumentos:
- O preço do feijão caiu 4,58% em setembro. Mas, no acumulado dos últimos 12 meses, alta de 23%
- O tomate registrou deflação de quase 10%. No acumulado, quase 29%
- O preço do leite caiu 15% em setembro. Mas, ainda assim, registra quase 50% de alta em 12 meses
“Está tudo muito caro ainda. A vida está muito difícil. Eu acho que o que a gente ainda tem que dar graças a Deus é que a gente está conseguindo comprar, porque tem muita gente ai que não está conseguindo. R$ 90 meia dúzia de sacolas”, comenta a aposentada Júlia Ramalho.
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Para o economista Roberto Brito de Carvalho, existem dois importantes movimentos de preço que provocaram essa deflação, em especial no mês de setembro. “A primeira é a redução no preço dos combustíveis, que impacta bastante as cadeias produtivas. E também é importante destacar que teve redução na área de alimentos, que até então não tínhamos”, disse.
Ele falou ainda que não se pode esquecer que teve um conjunto de itens que teve um aumento de preços. “Embora, o conjunto da cesta, represente uma diminuição, já há um cenário claro de pressão sobre o preço dos combustíveis que deve, de alguma maneira, repercutir nas semanas posteriormente as eleições. E há uma expectativa daqui para dezembro, que a partir deste mês a gente já tenha reajustes, mas sobretudo em novembro, podendo acumular até o final do ano algo em torno de mais de 1,5% de inflação, sobretudo das pressões internacionais”.
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