O mercado de trabalho formal em Campinas registrou uma queda no saldo de vagas com carteira assinada em abril deste ano. Foram 2.104 novas oportunidades geradas, em comparação com o saldo de 2.478 postos no mesmo período do ano passado, uma queda de 15%, segundo os dados do Novo Caged. Por outro lado, o número representa uma recuperação em relação a março, quando foram criadas apenas 98 vagas.
O destaque no mês ficou com o setor de serviços, responsável por 1.393 vagas (66,2% do total), seguido pelo comércio, que gerou 484 empregos formais (23%). O desempenho de abril consolida uma trajetória de crescimento em 2025, especialmente no comércio varejista.
No acumulado de janeiro a abril, Campinas criou 7.696 empregos com carteira assinada, impulsionada principalmente pelos setores de serviços (+4.929 vagas) e construção civil (+1.420 vagas). Apesar do saldo positivo, houve uma desaceleração de 10,1% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram geradas 8.566 vagas.
Comércio varejista tem o melhor início de ano desde 2020
O comércio varejista de Campinas teve um desempenho histórico no primeiro quadrimestre de 2025, com 448 novas vagas formais. Somente em abril, foram 402 contratações líquidas, o melhor resultado para o mês desde a criação do Novo Caged, em 2020. O setor é responsável por dois terços dos empregos formais do comércio da cidade (61.793 de um total de 94.211).
Esse desempenho garantiu ao varejo o melhor início de ano em geração de empregos dos últimos cinco anos, com saldo positivo nos quatro primeiros meses — algo inédito desde o início da série histórica, conforme análise do SindiVarejista de Campinas e Região.
Supermercados lideram criação de vagas no varejo
Os segmentos ligados à alimentação foram os grandes motores da geração de empregos em abril. Confira os cinco ramos do varejo com maior saldo de contratações no mês:
- Supermercados: 168 vagas (805 admissões e 637 desligamentos)
- Produtos alimentícios em geral: 77 vagas
- Lojas de departamentos ou magazines: 74 vagas
- Padarias e confeitarias: 33 vagas
- Hipermercados: 28 vagas
No quadrimestre, os supermercados também lideraram com 518 novos empregos, seguidos por:
- Produtos alimentícios em geral (+134 vagas)
- Equipamentos e suprimentos de informática (+125)
- Padarias e confeitarias (+86)
- Combustíveis para veículos automotores (+55)
Consumo de itens essenciais impulsiona vagas
De acordo com a presidente do SindiVarejista, Sanae Murayama Saito, o bom desempenho do varejo reflete o comportamento do consumidor, que tem priorizado gastos com itens essenciais mesmo diante de juros altos e inflação persistente. “O aumento da renda familiar e a expansão do crédito, mesmo com custo elevado, sustentam a demanda, especialmente por produtos de consumo imediato”, afirmou.
“Esse cenário tem forçado os estabelecimentos a reforçar seus quadros de funcionários, principalmente em segmentos de alimentos, o que contribui diretamente para o saldo positivo do mercado de trabalho”, terminou a presidente.
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