Desde a última sexta-feira (27), quem tem dívida de empréstimo consignado ou CDC (Crédito Direto ao Consumidor) pode migrar essas dívidas para o Crédito do Trabalhador, uma nova linha com juros bem mais baixos, exclusiva para quem tem carteira assinada. A troca já está liberada em 70 bancos e financeiras habilitados no programa, e pode ser feita de forma simples pelos aplicativos e sites das instituições.
Como fazer a migração de dívida?
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, neste primeiro momento, a migração ainda não é possível pela Carteira de Trabalho Digital — e só pode ser realizada no próprio banco onde o empréstimo original foi contratado. Em maio, será aberta a possibilidade de portabilidade para outras instituições, aumentando ainda mais as opções para o trabalhador.
Juros bem menores
O objetivo é permitir que trabalhadores consigam reduzir o custo das dívidas. Enquanto os juros médios de um CDC tradicional ficam entre 7% e 8% ao mês, o Crédito do Trabalhador oferece taxas que começam em 1,6% ao mês e, em média, giram em torno de 3%. A troca só é vantajosa se o novo empréstimo oferecer juros mais baixos — e, segundo as regras, essa redução é obrigatória para todas as migrações feitas até 21 de julho.
Ao optar pela migração, o trabalhador contrata um novo consignado pelo programa e quita a dívida antiga. Se ainda tiver margem consignável disponível, poderá também solicitar um novo crédito com as condições facilitadas.
E se não gostar das condições?
Caso o banco atual não ofereça uma proposta interessante, o trabalhador poderá pedir a portabilidade para outra instituição assim que a nova etapa do programa for liberada, no início de maio.
Dívidas com cartão e cheque especial
Embora o foco principal do programa seja a troca de CDC e empréstimo consignado, também será possível usar o Crédito do Trabalhador para quitar débitos do cartão de crédito ou do cheque especial. Para isso, será necessário primeiro renegociar a dívida e depois contratar o novo crédito para quitá-la.
Programa já movimenta bilhões
Desde o lançamento do Crédito do Trabalhador, o programa já liberou R$ 8,2 bilhões em empréstimos, segundo dados do Ministério do Trabalho. Foram mais de 1,5 milhão de contratos firmados, beneficiando trabalhadores em todo o país. O valor médio dos empréstimos é de R$ 5.491,66, com uma média de 16 parcelas de cerca de R$ 335,51 cada.
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná lideram o número de contratos fechados até agora.
** Com informações da Agência Brasil
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