A diferença no preço de remédios chega a 409,42% nas farmácias de Campinas, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Procon-SP. O levantamento também apontou que os medicamentos genéricos são, em média, 64,71% mais baratos do que os de referência.
A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 27 de maio pelo Núcleo Regional de Campinas e visitou sete drogarias da cidade. Ao todo, foram comparados os valores de 59 medicamentos, todos com ampla utilização como antibióticos, anti-inflamatórios, antialérgicos e antidepressivos, entre outros, sendo 26 de referência e 33 genéricos.
A iniciativa coletou os valores dos produtos vendidos à vista com desconto máximo ao consumidor comum, sem considerar frete ou programas como o Farmácia Popular.
Quais remédios têm maior diferença de preço em Campinas?
Entre os medicamentos de referência, a maior diferença encontrada foi no anti-inflamatório Nimesulida (Nisulid – Aché, 100 mg, 12 comprimidos). Os preços variaram de R$ 52,07 a R$ 67,79, uma diferença de 30,19%, com preço médio de R$ 61,61.
Já entre os genéricos, o destaque foi o Tadalafila (5 mg, 30 comprimidos), usado para tratamento de disfunção erétil. O produto foi encontrado de R$ 13,91 a R$ 70,86, uma diferença de 409,42%. O preço médio foi de R$ 35,32.
Comparando-se os preços médios dos genéricos com os de referência de mesma apresentação, constatou-se que, em média, os medicamentos genéricos são 64,71% mais baratos do que os de referência, o que pode representar uma grande economia ao bolso do consumidor.
Participaram da pesquisa as seguintes redes: Drogal, Drogão Super, Drogaria Campeã, Drogaria São Paulo, Drogasil, Farmais e Pague Menos.
Orientações ao consumidor
Mesmo com a existência de um PMC (Preço Máximo ao Consumidor) definido pela Anvisa, o Procon-SP alerta que ainda é possível encontrar grandes variações nos valores praticados entre os estabelecimentos.
Por isso, o órgão orienta que os consumidores:
- Pesquisem preços em farmácias físicas e online;
- Verifiquem descontos oferecidos com base em convênios, planos de saúde ou programas de fidelidade;
- Chequem número do lote, data de validade e registro no Ministério da Saúde;
- Avaliem a possibilidade de adquirir o medicamento por programas sociais como o Farmácia Popular.
Medicamentos controlados só podem ser vendidos com retenção da receita original, mesmo quando anunciados on-line.
Desconhecimento
O Procon-SP também fez um levantamento com 1.378 consumidores sobre a percepção na compra de medicamentos.
Os dados revelam que 74,8% não sabem que os preços são regulados pela Anvisa, e 86% desconhecem o uso que farmácias fazem de seus dados pessoais. Além disso, 40,5% disseram que não se sentem bem informados para escolher com segurança os produtos.
*Com informações de Gustavo Biano/EPTV Campinas
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