O número de jovens, entre 14 e 24 anos, que não trabalha, não estuda e nem busca ocupações foi de 4,6 milhões no primeiro trimestre deste ano. Conhecidos como “geração nem-nem”, no mesmo período do ano passado essa faixa etária somava 4,8 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, houve uma queda de 0,95% em um ano.
Os dados são do levantamento feito pela Subsecretaria de Estatísticas e Estudos do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, e foram divulgados durante o evento Empregabilidade Jovem, promovido pelo CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) no começo da semana, em São Paulo.
O balanço divulgado no evento apontava aumento nesse indicador, que teria chegado a 5,4 milhões de jovens “nem-nem”. Porém, na quinta-feira (30) a pasta divulgou uma nota corrigindo a estimativa.
Além dos jovens “nem-nem” diminuírem no país, o levantamento também mostrou que o estado de São Paulo tem a terceira maior taxa de jovens no mercado de trabalho. O estado ainda aparece entre os quatro com a menor proporção de jovens na informalidade (saiba mais abaixo).
Não foi revelado na pesquisa o percentual da geração “nem-nem” por estado do Brasil.
Quem são os jovens ‘nem-nem’?
Segundo o levantamento, dos 4,6 milhões de jovens que não estudam, não trabalham, nem procuram trabalho, 65% são mulheres, a maioria com filhos pequenos, e 68% são negros.
Veja o perfil dos jovens que estudam e/ou trabalham no Brasil:
Jovens que só estudam: 11,6 milhões
- 52% são mulheres;
- 59% são negros;
- 81% são adolescentes de 15 a 17 anos;
- 17% são jovens de 18 a 24 anos.
Jovens ocupados (estudam e/ou trabalham): 14 milhões
- 42% são mulheres;
- 60% são negros;
- 12% dos adolescentes de 15 a 17 anos estuda e trabalha e 2% só trabalha;
- 15% dos jovens de 18 a 24 anos estuda e trabalha e 41% só trabalha;
- 45% dos jovens de 14 a 24 anos são informais (6,3 milhões) – 51% mulheres e 56% negros.
Jovens desocupados: 3,2 milhões
- 51% são mulheres;
- 65% são negros.
Jovens no mercado de trabalho
O estado de São Paulo apresentou a terceira maior taxa de jovens atuando no mercado de trabalho. Dos seus cerca de 6,9 milhões de pessoas entre 14 e 24 anos, 57,7% (3,98 milhões) atuam no mercado de trabalho, o que supera a taxa de atuação da faixa etária no país, que é de 50,5%.
O estado está atrás apenas do Rio Grande do Sul, com 60,2%, e Santa Catarina, com 62,9% dos jovens atuando no mercado de trabalho. O estado do Acre aparece no final do ranking, com a menor taxa, de 29,1%.
Mercado informal
Outro dado revelado sobre o estado é que SP tem a quarta menor taxa de jovens entre 14 e 24 anos que atuam no mercado informal, com 34,6%, ou seja, cerca de 2,38 milhões. No Brasil como um todo, 45% dos jovens estão na informalidade.
Santa Catarina lidera novamente o ranking com a menor taxa, de 25,2%, seguido pelo Rio Grande do Sul (32,8%) e o Paraná (34%). Por outro lado, o Maranhão apresenta o maior percentual (72%) de jovens na informalidade.
Estagiários e aprendizes
A quantidade de estagiários também cresceu no país. Em 2023, eles eram 642 mil, e passaram a ser 877 mil em 2024, crescimento de 37%.
Deste total, 30,9% atuam no estado de São Paulo. O salário contratual médio declarado dos estagiários paulistas é de R$ 1.295,01, o segundo maior do país, atrás somente de Goiânia, que é de R$ 1.313,76.
No primeiro trimestre de 2024, o Brasil também alcançou a marca de 602 mil jovens aprendizes contratados, maior valor da série histórica. Segundo o governo federal, 63% desses profissionais são adolescentes de até 17 anos e 37% têm de 18 a 24 anos. Desse total, 59% dos aprendizes não concluíram o ensino médio.
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