Os motoristas vão pagar mais caro para abastecer o carro a partir do dia 1º de fevereiro. Os preços da gasolina e do diesel vão subir nos postos em razão de mudanças nos valores do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Em Campinas, o preço médio da gasolina, segundo o último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo), era de R$ 5,95. Paulínia registrou o preço mais alto da região – veja os valores detalhados abaixo.
Preço da gasolina na região
De acordo com último levantamento da ANP, realizado na semana do dia 12 de janeiro, a gasolina em Campinas estava custando, em média, R$ 5,95. Entre as cidades da região avaliadas pela agência, Paulínia foi a única onde o litro ultrapassava os R$ 6. A pesquisa da ANP inclui postos de combustíveis com bandeira.
Valores da gasolina das cidades da região na semana do dia 12 de janeiro:
- Americana – R$ 5,91
- Indaiatuba – R$ 5,97
- Campinas – R$ 5,95
- Sumaré – R$ 5,88
- Paulínia – R$ 6,01
O preço médio registrado em Paulínia foi 14,25% maior do que na mesma semana de 2024, quando o litro custava R$ 5,26.
Na manhã desta quinta-feira (23), o preço da gasolina comum na cidade chegou a R$ 6,09, de acordo com levantamento realizado pela EPTV. Algumas redes oferecem valores menores, mas apenas para clientes cadastrados em seus aplicativos.
Por que há tanta diferença de preço entre as cidades da região?
Segundo Eduardo Guilger Valdivia, vice-presidente do Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas), os impostos são os principais responsáveis pelos preços elevados. Ele explica que, apesar de Paulínia abrigar a refinaria Replan (Refinaria Planalto de Paulínia), o impacto do frete no preço final é mínimo.
“O frete parte da base de cinco centavos para cidades vizinhas à Paulínia, aumentando para seis ou sete centavos em um raio de 100 km da base da área de produção da Replan. Então, o impacto disso é muito pequeno no preço do combustível. Dessa forma, o grande impacto, de fato, são os impostos”,
afirma.
Ele também destaca que o preço final é definido livremente pelos empresários e alerta para a importância de priorizar a qualidade dos combustíveis.
“Eu vejo dois fatores na variação de preços: a gente tem a questão de concorrência, que pode elevar ou diminuir o preço, por meio da oferta e procura. E há um ano, mais ou menos, nós temos notícias também de adulterações muito pesadas, com metanol. Então, o consumidor não pode deixar de se atentar que hoje, preço, principalmente na gasolina, é diretamente proporcional à qualidade de produto”,
afirmou.
Combustíveis vão ficar ainda mais caros?
A partir de 1º de fevereiro, o ICMS sobre a gasolina e o etanol terá um acréscimo de R$ 0,10 por litro. Já o diesel e o biodiesel sofrerão aumento de R$ 0,06 por litro.
Esse reajuste segue a política do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), adotada em 2022, que unificou a alíquota do ICMS sobre combustíveis em todo o país. Antes, o imposto variava entre os Estados. O último aumento na gasolina foi em julho do ano passado.
Pressão
O aumento pode ser justificado pela pressão do mercado sobre a Petrobras. De acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), os valores cobrados pela gasolina e diesel no Brasil estão defasados em comparação ao mercado internacional. Além disso, os valores também vêm sendo pressionados pela valorização do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de R$ 6.
Embora o aumento do ICMS seja certo, Eduardo Valdivia ressalta que não é possível prever o impacto exato nas bombas nem quando os novos preços serão repassados aos consumidores.
“No dia primeiro, entra uma nova fase do convênio das secretarias de Fazenda estaduais com o Governo Federal. Mas, o valor e quando ele chega nas bombas, a gente não consegue prever”,
afirma.
*Com informações de Jorge Talmon/EPTV Campinas
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