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Corrida Integração: trilha ganha versão sinfônica e playlist clássica para treinar

Formação clássica encerra série especial com releitura orquestral da música-tema da corrida; confira a playlist para correr

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A trilha que embala a largada da Corrida Integração chegou ao universo da música de concerto. A OSU (Orquestra Sinfônica da Unicamp) é a responsável pela quarta e última releitura da série especial que comemora as 40 edições da prova. A versão orquestrada da trilha oficial foi criada pela arranjadora Ivenise Nitchepurenco, com regência de Cinthia Alireti, e preserva o ritmo e a força da composição original, agora com instrumentos clássicos e acústicos.

O desafio musical lançado pela EPTV reuniu artistas de quatro estilos — eletrônico, pagode, sertanejo e música clássica — para reinterpretar a trilha da corrida, composta por José Carlos Gonçalves, o Barba, músico e sonoplasta da emissora por quase quatro décadas.

LEIA TAMBÉM: Trilha sonora da Corrida Integração vira desafio musical e ganha novas versões em quatro estilos

Como a trilha da Corrida Integração virou sinfonia

A arranjadora Ivenise Nitchepurenco dividiu o trabalho em duas etapas: transcrição e orquestração. A primeira consistiu em transpor para a partitura aquilo que se ouve na trilha original.

“É similar ao ditado de palavras que fazíamos na escola, mas, em vez de ouvirmos uma frase e escrevermos as letras correspondentes àquela palavra, ouvimos os sons, e escrevemos as notas musicais e outras informações sonoras contidas naquela música”,

explica.

Com a melodia transcrita, veio a orquestração: a escolha e o planejamento de quais instrumentos executariam cada parte. Essa etapa define o volume, a combinação entre os naipes e o equilíbrio entre solistas e acompanhamentos. Segundo Ivenise, esse processo foi pensado para manter a mensagem principal da trilha — movimento, dinamismo, energia e intensidade — agora somados a um elemento característico da orquestra: a coletividade.

Para preservar a essência da trilha original, Ivenise optou por manter a sonoridade enérgica e dinâmica, adaptando-a aos recursos da orquestra sinfônica tradicional. O arranjo foi pensado para valorizar todos os naipes — cordas, madeiras, metais e percussão — com cerca de 40 músicos em ação.

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Ela destaca que a instrumentação foi inteiramente acústica e seguiu a formação padrão de uma orquestra, com duas flautas, dois oboés, dois clarinetes, dois fagotes, duas trompas, dois trompetes, dois trombones, uma tuba, violinos, violas clássicas, violoncelos, contrabaixos, tímpano, bateria e percussão.

Energia também é clássica

Embora a música orquestral seja frequentemente associada a ritmos suaves ou relaxantes, a arranjadora lembra que o repertório clássico também abriga obras vibrantes e intensas, como a “Abertura 1812”, de Tchaikovsky, a “5ª Sinfonia”, de Beethoven, ou o “Verão”, de Vivaldi. Ela cita esses exemplos para mostrar que a linguagem da orquestra comporta, sim, a energia necessária para uma prova como a Corrida Integração.

“Na música orquestral, as possibilidades de combinação de ritmos e sons são praticamente infinitos. Eu poderia sim ter transformado a trilha numa música mais lenta, mas, como estamos falando de Corrida Integração (e não Caminhada Integração) preferi manter a velocidade da trilha original”.

O maior desafio, segundo ela, foi combinar os instrumentos para garantir que a sonoridade permanecesse vigorosa e animada.

A regente Cinthia Alireti reforça que o que costumamos chamar de “música clássica” é, na verdade, um universo extremamente versátil, hoje mais conhecido como “música de concerto”.

“Tudo pode ser representado por uma orquestra sinfônica: melodias sentimentais, danças de todas épocas, jazz, rock, beleza, feiura, tristeza, alegria, tragédia, etc”,

explica.

Essa diversidade, ela afirma, é o que mantém a relevância das orquestras nas grandes cidades até hoje. Por isso, vê como natural a aproximação entre a orquestra e o espírito “vivace” ou “allegro molto” da Corrida Integração, expressões italianas que indicam justamente velocidade e vivacidade na música.

Conheça a OSU

Fundada em 1982, a Orquestra Sinfônica da Unicamp foi idealizada por um dos membros do departamento de música da universidade, com a proposta inicial de funcionar como uma extensão da Sinfônica Municipal de Campinas. Com o tempo, a OSU passou a atuar de forma independente, com programação própria e voltada tanto à comunidade da Unicamp quanto ao público da região de Campinas e Barão Geraldo.

A regente Cinthia Alireti explica que a missão da orquestra vai além da excelência artística: envolve a formação de músicos, compositores, regentes e solistas, com foco na sustentabilidade da música de concerto. A OSU também atua em ações de formação de público e desenvolve projetos com dança, tecnologia e outras linguagens artísticas.

Playlist de sertanejo para correr

A regente da OSU também prepararam uma playlist especial para quem gosta de correr ou praticar esportes ouvindo música clássica. Confira:

  • Sinfonia n.10 – Shostakovich
  • Brandenburg – Bach
  • Music for the Royal Fireworks – Overture
  • Water Music – Hornpipe (Suite No. 2 in D Major, HWV 349)
  • Water Music – Alla Hornpipe (Suite No. 2 in D Major)
  • Short Ride in a Fast Machine – Steve Reich

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