O Guarani conseguiu arrancar o empate com o Santos em 1 a 1 no final da partida no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas, na noite desta quarta-feira (21), em Campinas. Em dia de apresentação muito ruim e escalação equivocada de Fábio Carille, o Santos desperdiçou oportunidade de voltar à liderança da Série B. Do lado do Bugre, que vinha de duas vitórias seguidas, havia a expectativa de conseguir manter a sequência, porém não saiu como o planejado.
O jogo no Brinco de Ouro mostrou que Carille precisa rever conceitos após falta de criatividade e enorme falta de objetividade do Santos. Ao apostar em quatro atacantes e nenhum meia, o técnico deixou o time espaçado e sem força ofensiva. Deve modificar o esquema diante do Amazonas, sábado, na Vila Belmiro, após o segundo tropeço seguido. JP Chermont e Pedrinho terão de cumprir suspensão. Desgostoso com as últimas apresentações do Santos, Carille optou por modificar seu setor de criação e sacou Serginho e Otero, apostando nas entradas dos atacantes Pedrinho e William Bigode, em escalação ofensiva e com menos criatividade.
Com o empate, o Guarani, segue com 18 pontos e continua na última colocação da Série B do Campeonato Brasileiro.
Como foi Guarani x Santos?
A partida nem bem começou no Brinco de Ouro, com apenas torcida do Bugre, e o Guarani já exigiu boa defesa de Gabriel Brazão, com Airton, confirmando a proposta do técnico Alan Aal de iniciar com um blitz nos 15 minutos iniciais para sair em vantagem na frente em sua dura luta contra a queda.
Cheio de jogadores no ataque, o Santos carecia de alguém para municiar suas peças adiantadas. Sem criatividade, repetia o futebol burocrático que custou derrota para o Avaí na rodada passada, por 1 a 0, na Vila Belmiro.
O Santos não agredia e chamava o Guarani para o ataque. Empolgado por duas vitórias seguidas, o lanterna rondava a área e era mais perigoso. Airton voltou a parar em Brazão. O futebol santista era bem ruim a quem lutava pela liderança – tinha de ganhar e torcer por tropeço do Mirassol.
Com proposta milionária do Botafogo, o jovem zagueiro Jair foi escalado por Carille e mostrou que a cabeça está no time da Vila Belmiro. Concentrado, salvou o Santos do pior com grande desarme dentro da área sobre o veloz Airton.
Se defensivamente o Santos até se comportava bem, na frente Pedrinho carregava demais a bola, sem sucesso, enquanto Bigode, Furch e o artilheiro Guilherme pouco tocavam na bola, sacrificados pela estratégia desastrosa de Carille. O 0 a 0 permaneceu até o intervalo por causa da afobação do ataque do Guarani e pela apatia santista.
Carille “admitiu” o erro na escalação nas modificações no intervalo. Tirou JP Chermont para ter mais ofensividade com Hayner na ala direita e voltou com o então titular Serginho na armação na vaga do sumido Bigode.
Os sustos iniciais da primeira etapa não se repetiam, mas o Santos continuava sem se encontrar em campo. Serginho queria mostrar serviço e cometeu passes e lançamentos equivocados. Nem cobrança de escanteio os visitantes acertavam.
A torcida do Guarani vaiava a posse de bola do Santos, com toques de lado e inoperantes. Os apupos podiam ser para o jogo, que tornou-se feio, com a bola sendo “maltratada”. Hayner saiu do campo com a bola em arrancada. Os comandados de Carille demonstravam falta de ambição e atuavam como se a igualdade fosse um grande resultado.
O preguiçoso Santos precisou de 24 minutos para finalizar pela primeira vez na etapa final. E com o gol. Escobar arrancou na defesa e bateu forte da entrada da área para abrir o marcador. O argentino comemorou com muita vibração e “raiva”. Pouco depois, Guilherme quase marcou um gol olímpico. Jefferson salvou.
Em desvantagem no placar, o Guarani acusou o golpe e, com enorme nervosismo, não conseguia mais chegar na meta de Brazão. O Santos que já não tinha pressa, diminuiu ainda mais o ritmo, tocando a bola e fazendo apenas o tempo passar. Não queria dar chances atrás e mostrava-se feliz com o placar mínimo.
Mas uma falta boba de Pedrinho na beirada do campo custou caro. Marlon cruzou na cabeça de Anderson Leite, que colocou justiça no placar ao empatar a partida. O Santos não mostrou força para buscar a liderança nos poucos minutos que restavam e acabou “satisfeito” com a igualdade.
FICHA TÉCNICA
GUARANI 1 x 1 SANTOS
GUARANI – Pegorari; Pacheco (Heitor), Douglas Bacelar, Matheus Salustiano e Jefferson; Gabriel Bispo (Anderson Leite), Matheus Bueno e Luan Dias (Marlon); João Victor (Estevão), Airton (Reinaldo) e Caio Dantas. Técnico: Alan Aal.
SANTOS – Gabriel Brazão; JP Chermont (Hayner), Gil, Jair e Escobar; Diego Pituca (Sandry), João Schmidt e Pedrinho; William Bigode (Serginho), Guilherme e Julio Furch (Otero). Técnico: Fábio Carille.
GOLS – Escobar, aos 24, e Anderson Leite, aos 42 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Pedrinho, JP Chermont e Escobar (Santos).
ÁRBITRO – Gustavo Bauerman (SC).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Brinco de Ouro, em Campinas.
Com informações de Fábio Hecico
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