Rafaela Silva está de volta ao topo do pódio no judô. A brasileira que não foi aos Jogos Olímpicos de Tóquio por causa de suspensão por doping conquistou a medalha de ouro no Grand Prix de Almada, em Portugal, fechando a participação na competição com belo ippon sobre a holandesa Pleuni Cornelisse.
A primeira medalha do judô brasileiro em 2022 veio em grande estilo, na categoria leve (menos de 57 kg), com belas lutas da campeã olímpica de 2016. A conquista, bastante comemorada e com lágrimas de emoção, veio na estreia de Sarah Menezes como técnica, em parceria vitoriosa.
Em sua segunda competição oficial após os dois anos de suspensão, Rafaela Silva ganhou as quatro lutas em Portugal e se redimiu do retorno oficial, no Grand Slam de Baku, no Azerbaijão, em novembro de 2021, quando caiu na primeira luta.
A brasileira de 29 anos precisava dos 700 pontos que as medalhas de ouro do circuito mundial proporcionam para voltar a subir no ranking. Atualmente ela estava apenas no 175° lugar. Agora vai para uma posição bem melhor em sua busca para figurar entre as melhores da categoria novamente.
Em Almada, Rafaela Silva abriu e fechou a competição com ippons. Na primeira luta, venceu Evelyne Tschopp, da Suíça, em apenas 34 segundos. Em um duelo mais equilibrado nas quartas de final, superou a checa Vera Zemanova por waza-ari. Na semifinal, após quase dois minutos de golden score, novo waza-ari agora sobre a sul-coreana Eunsong Park.
Diante da jovem holandesa de 22 anos na final valeu a experiência da brasileira. Rafaela Silva fez bem a pegada nas costas e realizou o belo movimento para jogá-la no tatame. Saiu com punho cerrado, apontou as céus e depois fez coração para avisar que está de volta com tudo ao circuito.