Aos 35 anos de carreira, o cantor Junior vive pela primeira vez um momento solo na música. Com dois álbuns lançados entre 2023 e 2024, o artista agora dá mais um passo nessa trajetória para iniciar a Solo Tour, que segue o nome do projeto atual. A cidade escolhida para começar o percurso não poderia ser outra, se não a que o cantor nasceu e viveu até os 23 anos: Campinas.
A estreia da turnê acontece neste sábado (9), no Parque Dom Pedro, dando início também à temporada de shows da Multi Arena EP FM. Mas, antes de embarcar nessa nova jornada, Junior conversou com o acidade on para contar um pouco sobre o projeto Solo e relembrar o tempo que morou em Campinas.
Das duplas ao Solo
Depois de viver a infância e adolescência dividindo os palcos com a irmã Sandy, Junior decidiu se arriscar no universo do rock, com a banda 9 Mil Anjos, e mais tarde ainda integrou um duo de música eletrônica, o Manimal. Mas foi depois de passar pela turnê Nossa História, de reencontro da dupla Sandy & Junior, em 2019, que ele percebeu que era a hora de explorar possibilidades no universo artístico sozinho.
“Ali eu descobri o que estava faltando, que tinham coisas que na verdade eu tinha deixado de lado ao longo desse processo todo e que eu nem entendia mais, nem percebia mais, porque já estava tão distante, mas aquilo fazia falta para mim. Enfim, tem uma parada da realização do palco mesmo e dentro do universo do pop onde eu consigo existir de forma mais ampla assim como artista cantando, dançando, tocando e compondo e explorando outros subgêneros”, afirma.
A partir disso, ele mergulhou num processo de três anos para consolidar o disco Solo. O cantor conta que fez mais de 50 músicas até chegar no momento em que foi preciso filtrá-las para finalizar o disco, que se dividiu em dois volumes: um com 10 faixas e outro com 13.
A ideia de desmembrar o trabalho veio não só para aproveitar ao máximo as músicas produzidas, mas também experimentar diferentes gêneros. “Deixei o primeiro com um aspecto mais ‘popzão’ mesmo, e o segundo deixando trazendo as músicas que têm as outras influências de outros gêneros”, conta o artista.
Filho do sertanejo Xororó e irmão de Sandy, Junior sempre acompanhou e viveu de perto a realidade do mundo artístico. Hoje, aos 35 anos de carreira e pela primeira vez atuando de forma solo na música, ele percebe que tudo mudou “da água para o vinho” na indústria musical.
“Eu vi muitos mundos diferentes, mídias completamente diferentes, mídias chegando e saindo, e a digitalização de tudo, a integração do universo da música com as redes sociais também. Vi isso virar quase que uma coisa só. Tudo mudou demais. Exige uma adaptação absurda por parte dos artistas”, afirma.
“Adaptação” é a palavra para o cantor, que não se assusta na hora de fluir por diferentes gêneros e encontrar um equilíbrio entre o mundo digital e a arte. “A gente tem que se adaptar e ir entendendo como é que a coisa funciona hoje em dia, mas também se manter atento à sua verdade artística, a não fazer isso virar uma ‘fabriquinha’. Eu pelo menos tenho um apego muito grande com essa parte de ir na minha verdade, de fazer o que eu realmente acredito. Acho que, se não for dessa forma, não faz sentido”, pontua.
Nascido em Campinas, mas criado no mundo
Apesar de ter nascido e crescido em Campinas, o cantor não conseguiu viver profundamente uma rotina da cidade. Trabalhando com música desde criança, sua rotina se resumia a escola, trabalho e ir para aula de dança em uma academia próxima ao Brinco de Ouro da Princesa, estádio do Guarani, na região do Jardim Proença. Ele brinca que o lugar que mais deve ter frequentado na cidade durante esse período é o Aeroporto Internacional de Viracopos.
Além do deslocamento constante que fazia parte de sua rotina, por muito tempo o local de trabalho do cantor também foi o colégio Liceu Salesiano, na região do Taquaral, para gravar os episódios da série Sandy & Junior, que teve quatro temporadas na TV Globo. “Um ponto muito importante da minha história em Campinas”, afirma.
Mesmo sendo difícil resgatar memórias mais vívidas na cidade que não envolvessem sua profissão, como todo bom campineiro, ele conta que ia bastante em shoppings quando mais novo, para ir ao cinema. Junior chegou ainda a frequentar o clássico Palicari Sport Bar, no Galleria Shopping, para jogar boliche, espaço que marcou os anos finais da década de 90 entre muitos jovens de Campinas.
Apesar de morar na capital paulista atualmente, a relação com Campinas não acabou, já que Junior costuma retornar à metrópole para visitar os pais e a irmã Sandy, que seguem morando na cidade. Na pandemia de covid-19, chegou a viver três anos no município novamente para ficar próximo dos familiares.
“Nessa região, eu tenho muita história. É um lugar onde eu passo e me sinto muito em casa. Também é minha casa”, afirma.
Suas raízes campineiras também fazem com que a relação com o público da cidade seja outra. “Eu sinto que os campineiros me recebem com muito carinho, acho que também por saber que eu sou de casa”.
Todos esses fatores levaram o cantor a fazer questão que a estreia da Solo Tour fosse em Campinas, para ser um lugar onde ele se “sentisse em casa”.
“Tem gente da minha equipe que é de Campinas, tem gente do elenco de dança que é de Campinas, o álbum foi todo composto, produzido, tudo feito em Campinas. Então assim, eu acho que meio que amarrava tudo, fechava esse ciclo”, finaliza Junior.
Os ingressos para o show de estreia da Solo Tour, que acontece amanhã (9), ainda estão à venda pelo site da Multi Arena EP FM (clique aqui).
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