As manchetes, vindas do Rio Grande do Sul, sobre o resgate da égua batizada Caramelo e do senhor com seus quatro cãezinhos, que ele chamava de filhos, se somaram a outras histórias envolvendo afetos e dramas vividos entre a humanos e animais.
A repercussão da triste história da morte do caõzinho Joca, em 22 de abril,após ficar exposto a condições climáticas extremas em razão do erro da empresa aérea responsável por seu transporte, evidenciou uma realidade bastante consolidada em nossa sociedade: os afetos entre humanos e animais são laços sentimentais potentíssimos.
Joca foi sepultado na cidade de São Paulo no dia 24 de abril, às 14h, em um cemitério para Pets. Mas essa não foi a única notícia envolvendo a morte e processos fúnebres de animais, que ocupou o noticiário nos últimos dias.
A cidade de Campinas assistiu, no dia 18 de abril de 2024, um acontecimento que pode ser considerado histórico, o primeiro sepultamento de um animalzinho de estimação no jazigo da família de seus tutores, em um cemitério público.
Neste caso, o bichinho sepultado foi “Pingo”, um cãozinho que teve origem no cruzamento das raças Hottweiller com Labrador. Esse caso é particular porque ocorreu em um cemitério público, não em um cemitério privado, que costumam permitir essa modalidade de sepultamento.
Prática antiga
Mas, se me alguém disser que sepultar humanos e animaizinho juntos não é novidade, eu tenho que concordar. Talvez, os primeiros povos a sepultarem animais de estimação com seus donos tenham sido os Egípcios.
Muitos gatos mumificados foram encontrados junto às múmias de seus poderosos “tutores”, os Faraós.
Aliás, gatos, em razão de sua linhagem descendente da Deusa Bastet, eram considerados mais do que pets, mas criaturas sagradas.
Recentemente, em um sítio arqueológico de mais de 2000 anos, na cidade Italiana de Verona, pesquisadores encontraram esqueletos humanos sepultados junto a ossadas de animais. E lá não encontraram apenas ossos de cães e gatos, foram localizados espólios de animais de grande porte, como porcos e cavalos.
Luto
Portanto, não é de hoje que a afetuosa relação entre humanos e bichinhos é levada para além da vida. Mas, mais do que isso, é muito interessante percebermos a importância dos processos de luto em nossas vidas, para elaborarmos nossas perdas.
Solenizar esses momentos é necessário, talvez em todas as instâncias de nossas vidas e relações. E essa realidade tem sido ignorada por nós humanos, especialmente após a redução quase integral de velórios, durante e pós pandemia.
Tomara que esses tristes acontecimentos ligados às despedidas de amados bichinhos, nos ajude também a percebermos a importância de respeitarmos nossas dores e elaborarmos melhor esses importantíssimos processos de luto, tão ligados a práticas funerárias.
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