- Publicidade -
PolíticaBolsonaro cita estudo do Ipea e diz que não há fome "na proporção que dizem aí"

Bolsonaro cita estudo do Ipea e diz que não há fome “na proporção que dizem aí”

Afirmação foi feita durante evento com empresários do setor de comércio e serviço; governo vem tentando minorar o aumento da miséria nos últimos anos

- Publicidade -

 

O presidente da República, Jair Bolsonaro, durante evento (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)
O presidente da República, Jair Bolsonaro, durante evento (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

Em busca da reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a minimizar os dados sobre a fome e o aumento da miséria no Brasil e disse nesta terça-feira (30) a empresários do setor de comércio e serviço, que não há fome “na proporção que dizem aí”.

De acordo com dados do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, a fome avançou este ano e 33 milhões de pessoas não têm o que comer. A edição mais recente da pesquisa, divulgada em junho, mostra que mais de 58% da população vive com algum grau de insegurança alimentar.

O presidente, contudo, afirmou no evento “Diálogos com Candidatos à Presidência da República”, organizado pela Unecs (União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços), que dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) “mostram que o Brasil tem reduzido o número de pessoas abaixo da linha da miséria”. Ele chegou a falar sobre os 33 milhões, número que rejeitou.

O governo vem tentando minorar o aumento da miséria nos últimos anos, mas as reações também estão acontecendo. O Afipea (Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea) protocolou na PGR (Procuradoria Geral da República) uma representação contra o presidente do órgão, Erik Figueiredo, e o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, pelo que chamou de práticas abusivas em período eleitoral.

A Afipea questiona uma entrevista coletiva de ambos no Palácio do Planalto um dia após o início da campanha eleitoral, em 17 de agosto, quando apresentaram dados exaltando o Auxílio Brasil e destacando que, apesar de pesquisas mostrarem o crescimento da desnutrição e da insegurança alimentar no País, isso não tem impactado os indicadores de saúde ligados à prevalência da fome.

Na sexta-feira passada, Bolsonaro já havia minimizado os dados alarmantes da fome no país. Por duas vezes, ele disse que não se vê pessoas pedindo “pão” na padaria. “Se a gente for na padaria, não tem ninguém ali pedindo pra você comprar um pão pra ele. Isso não existe”, afirmou, ainda completando em seguida: “Fome no Brasil? Fome pra valer? Não existe da forma como é falado”, alegou.

- Publicidade -

 

LEIA MAIS

Nova pesquisa eleitoral aponta Lula com 42,3%; Bolsonaro tem 34,1%

Eleições: quase 90% dos deputados federais tentam se reeleger

 

FORÇAS ARMADAS

No evento, Bolsonaro também disse que as Forças Armadas não vão servir de “moldura” na eleição, ou seja, não terão papel decorativo. O candidato à reeleição, que tem atacado sem provas a confiabilidade das urnas eletrônicas, voltou a falar que é preciso transparência no processo eleitoral. “Eleições transparentes, limpas, ninguém deve contestá-las”, declarou.

Bolsonaro frisou que Exército, Marinha e Aeronáutica estão sob seu comando, mas ressaltou que isso ocorre em todos os governos. “Convidaram as Forças Armadas a integrar a comissão de transparência eleitoral. Essa questão está lá com as Forças Armadas, que foram convidadas, não se intrometeram nisso”, disse o presidente. “As Forças Armadas têm responsabilidade, têm sua credibilidade perante a opinião pública, e não vão servir de moldura para a eleição. Elas vão fazer a coisa certa, estão se empenhando”, emendou.

No evento organizado pela Unecs, o chefe do Executivo disse que “todos os problemas” acabam com a transparência nas eleições. Na semana passada, em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro disse que aceitaria o resultado eleitoral, caso perdesse, mas somente se a disputa fosse o que considerou “limpa”.

No começo de agosto, diversos setores da sociedade civil, incluindo empresários e banqueiros, assinaram manifestos em defesa do Estado Democrático de Direito. O movimento ganhou força após Bolsonaro reunir embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho, para lançar dúvidas na comunidade internacional sobre o sistema eleitoral brasileiro, sem apresentar provas ou evidências de irregularidades nas urnas eletrônicas.

 

LEIA TAMBÉM

Aeroportos brasileiros estão no Top 100 dos mais pontuais do mundo

- Publicidade -
Mídias Digitais
Mídias Digitaishttps://www.acidadeon.com/
A nossa equipe de mídias digitais leva aos usuários uma gama de perspectivas, experiências e habilidades únicas para criar conteúdo impactante., com criatividade, empatia e um compromisso com a ética e credibilidade.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -