ARTUR RODRIGUES
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O velório do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), que morreu neste domingo (16) em decorrência de um câncer, aconteceu no edifício Matarazzo, sede da administração municipal no centro da capital, sob forte comoção de familiares, políticos e apoiadores.
O corpo do prefeito chegou à prefeitura carregado por agentes da Guarda Civil Metropolitana por volta das 13h15. A entrada foi restrita a familiares e amigos mais próximos, por causa da pandemia de Covid-19.
Do lado de dentro, 20 pessoas acompanharam uma missa em homenagem ao prefeito. Estiveram no local os pais de Covas, Pedro Lopes e Renata Covas Lopes; o filho, Tomás; a ex-mulher, Káren; o irmão, Gustavo; o governador de São Paulo e a primeira-dama, João Doria e Bia Doria, respectivamente, e o novo prefeito Ricardo Nunes (MDB), sua mulher, Regina Nunes, além de amigos e secretários. Tio de Bruno, o também político Mario Covas Neto participou da missa lendo um dos trechos da cerimônia.
A imprensa se revezou durante o evento, podendo ficar cinco minutos dentro do hall da prefeitura.
A missa foi rezada pelo padre Rosalvino Morán, da Obra Social Dom Bosco, próximo de políticos tucanos e amigo da família Covas. Durante a missa, o padre exaltou a simplicidade, humildade e seriedade de Covas, e comparou-o ao avô, Mário Covas.
Durante a missa, Tomás, o filho de Covas, recebeu apoio de algumas das pessoas presentes e, ao fim, ajudou a carregar o caixão do pai até o carro do Corpo de Bombeiros.
Do lado de fora, pessoas com bandeiras do Brasil, do PSDB e do Santos Futebol Clube, clube do prefeito, se concentraram no viaduto do Chá, em frente à prefeitura. Com faixas, flores e bexigas brancas, eles aplaudiram o prefeito quando o carro com o corpo dele chegou.
O caixão de Covas saiu da prefeitura por volta das 14h30, sob aplausos, enrolado nas bandeiras do Brasil, do estado de São Paulo e da capital paulista. Balões brancos foram soltos pelo ar.
O corpo do prefeito circulou em rápido cortejo em carro aberto do Corpo de Bombeiros por ruas do centro e subiu até a avenida Paulista, onde apoiadores se concentraram na praça do Ciclista. Lá, ganhou corpo e seguiu em ritmo mais lento pela avenida em direção ao paraíso, com apoiadores carregando bandeiras do partido e da campanha do prefeito.
Na avenida, um grupo de jovens tucanos, o Tucanáticos, do qual o filho do prefeito faz parte, gritou nome de Covas durante todo o trajeto.
Entre os apoiadores, um grupo trouxe uma faixa com uma das últimas manifestações de Covas, no hospital, que dizia: “Abaixar a cabeça? De jeito nenhum”.
Na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo), as escolas de samba paulistanas fizeram uma homenagem a Covas, ao trazer todos os estandartes.
O cortejo terminou sob muitos aplausos, tanto de militantes quanto de pessoas que passeavam na Paulista, na praça Oswaldo Cruz, por volta das 16h. O sepultamento será feito em Santos, no litoral de SP, terra natal de Covas, em cerimônia restrita à família.
Covas será sepultado no cemitério Paquetá, o mesmo onde o avô Mario Covas foi enterrado.
A administração municipal pediu à população que não vá à sede da prefeitura ou ao local do sepultamento em Santos, devido a protocolos de segurança contra o coronavírus. A orientação era para que as homenagens acontecessem apenas durante o cortejo pela cidade.