Campinas pode virar capital nacional de pesquisa, desenvolvimento e inovação. O Projeto de Lei 3.680/23, que confere o título ao município, foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (26). Agora, a proposta será enviada para o Senado.
O projeto é de autoria do deputado e ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB). Ele pontua que Campinas tem o maior ecossistema nacional de pesquisa, desenvolvimento e inovação do Brasil, formado por indústrias de base tecnológica, centros de pesquisa e universidades, além de quatro parques tecnológicos.
Já o relator do projeto, deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), afirmou que Campinas é reconhecida como um dos principais polos de inovação do país, onde estão localizados os maiores centros nacionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação e a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), instituição que mais tem patentes registradas no Brasil.
“Com uma economia voltada para a inovação, Campinas é conhecida como o Vale do Silício brasileiro, refletindo sua importância no cenário tecnológico nacional e internacional”, declarou.
O Vale do Silício norte-americano concentra um ecossistema de inovação robusto e fortemente empreendedor, reunindo indústrias, empresas nascentes de base tecnológica (startups), academia e instituições voltadas à inovação em tecnologia e computação. Por isso, costuma ser associado a Campinas no Brasil.
Polo de pesquisa, desenvolvimento e inovação
Segundo a FecomércioSP, o município de Campinas concentra 30 das 500 maiores empresas de alta tecnologia do mundo. Donizette relembra uma matéria publicada pela DataCenterDynamics, uma das maiores revistas especializadas no setor de tecnologia de informação e armazenamento de dados do mundo, na qual aponta a cidade como o maior polo da América Latina no setor de tecnologia.
A reportagem destaca que o município é sede de 20 centros de Pesquisa & Desenvolvimento e quatro parques tecnológicos. Nos quatro parques tecnológicos, há mais de 120 empresas instaladas sendo, a grande maioria, de base tecnológica.
Entre os ambientes de inovação, há o CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), universidades como a Unicamp e, ainda, centenas de startups. Entre elas, estão três unicórnios que nasceram na região: a CI&T, Quinto Andar e iFood.
Acelerador de partículas
A cidade também abriga o acelerador de partículas Sirius. Essa infraestrutura se dedica a investigar a estrutura atômica das substâncias pesquisadas por cientistas, o que pode ter aplicação prática no desenvolvimento de novos materiais, na criação de novos medicamentos e na geração de novos compostos de nanotecnologia, entre outros.
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