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vacinasAnvisa descarta que Butantan fabrique frascos de Coronavac com menos doses

Anvisa descarta que Butantan fabrique frascos de Coronavac com menos doses

Avaliação realizada pelo Cosems-SP apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos que dez doses

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A vacina Coronavac (Foto: Roberto Costa/Código19) 

MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou ofício afirmando que não há indícios de que frascos da vacina Coronavac estejam sendo fabricados com volume menor de doses. 

A agência abriu investigação para apurar queixas de que o imunizante produzido pelo Instituto Butantan estavam sendo entregues em frascos contendo quantidades menores que as dez doses previstas. 

Uma avaliação realizada pelo Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo) apontou que 44,4% dos frascos analisados renderam menos que as dez doses. 

A Anvisa aponta que no início de março o Instituto Butantan fez uma alteração no volume de enchimento do frasco para 5,7 mL, com uma tolerância de mais ou menos 0,2 mL, representando uma faixa de 5,5 a 5,9 mL. 

“Os lotes fabricados a partir desta data apresentam-se visualmente com volume inferior aos lotes fabricados anteriormente”, aponta a agência. “Tal alteração foi prontamente notada pelos profissionais de saúde, que observaram a redução visual no volume do frasco. Contudo, tal redução não necessariamente representa um desvio no produto.” 

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Ainda segundo o órgão regulador da saúde, além das diferenças visuais de volume, profissionais detectaram “que muitas vezes não era possível extrair dez doses dos frascos”.  
 
INSPEÇÃO EM ABRIL

A agência então realizou inspeção na sede do Butantan, em abril na qual não foram encontradas irregularidades. “Com base no resultado da inspeção investigava concluiu-se que falhas no processo de envase não parecem ser a causa do volume inferior reportado nas queixas técnicas”, diz o relatório da Anvisa. 

O Butantan sugeriu que a causa do volume inferior poderia ser resultado de um somatório de fatores, como o uso de seringas com volume acima de 1 mL e técnica de aplicação inadequada. 

“Diante dos fatos apresentados, conclui-se que não há indícios que corroborem para a hipótese de que o IB [Instituto Butantan] esteja fabricando a vacina Coronavac com volume inferior ao preconizado. Portanto tal hipótese foi descartada e as investigações referente ao produto foram concluídas”, conclui a Anvisa.

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