A Secretaria de Saúde de Campinas abre às 15h desta segunda-feira (17) o agendamento da vacina contra a covid-19 para grávidas e puérperas (mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias) que tenham doenças prévias e 18 anos ou mais.
O agendamento da vacina também será retomado para gestantes e puérperas que são trabalhadoras da área da Saúde. No caso das funcionárias, a imunização já acontecia na cidade, mas foi suspensa na cidade na última terça-feira (11) após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomendar que a vacina AstraZeneca não fosse mais usada em grávidas – seguindo a própria bula do medicamento.
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Segundo a Prefeitura de Campinas, no grupo de grávidas da saúde foram aplicadas até então doses da Coronavac e da Astrazeneca. Agora, de acordo com a Saúde, a imunização para o grupo de gestantes e puérperas será feita somente com aplicação da Coronavac.
COMO FAZER:
Para receber a vacina, é necessário fazer o agendamento no site https://vacina.campinas.sp.gov.br/, ou pelo telefone 160. Quem tiver dificuldade pode procurar o Centro de Saúde mais próximo de sua casa.
Segundo a Prefeitura, o maior volume de vagas será liberado para agendamento a partir do dia 23 de maio, mas nesta foram disponibilizadas vagas para também contemplar esse público.
Quem pode fazer o agendamento para vacinar?
– Gestantes e puérperas profissionais de saúde (são aquelas com formação na área da saúde) ou trabalhadoras da área da saúde, em serviços de saúde (são, por exemplo: recepcionistas de serviços de saúde, trabalhadoras da limpeza de serviços de saúde, lavanderias de serviços de saúde, balconistas de farmácias inclusive drogarias, cozinheiras de serviços de saúde etc.), com 18 anos ou mais, moradoras de Campinas.
– Gestantes e puérperas com comorbidades, com 18 anos ou mais, moradoras de Campinas, mediante documentação que comprove a comorbidade (declaração/relatório médico ou receita médica). É necessário que o número do CRM esteja nítido e legível, pois será obrigatório para inserção no sistema de vacinação.
Veja a lista de doenças que são consideradas comorbidades para a vacinação:
Diabetes mellitus – Qualquer indivíduo com diabetes
Pneumopatias crônicas graves – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática)
Hipertensão Arterial Resistente (HAR) – HAR= Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos
Hipertensão arterial estágio 3 – PA sistólica 180mmHg e/ou diastólica 110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade – PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
Doenças cardiovasculares
Insuficiência cardíaca (IC) – IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária
Cardiopatia hipertensiva – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)
Síndromes coronarianas – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras)
Valvopatias – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)
Miocardiopatias e Pericardiopatias – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos
Arritmias cardíacas – Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)
Cardiopatias congênita no adulto – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)
Doença cerebrovascular – Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular
Doença renal crônica – Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
Imunossuprimidos – Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas; e outras doenças que causam imunossupressão (como síndrome de Cushing, lúpus eritematoso sistêmico, doença de Chron, imunodeficiência primária com
predominância de defeitos de anticorpos).
Hemoglobinopatias graves – Doença falciforme e talassemia maior; e outras doenças raras.
Obesidade mórbida – Índice de massa corpórea (IMC) 40
Síndrome de Down – Trissomia do cromossomo 21
Cirrose hepática – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C