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vacinasDiretor do Butantan diz que dose adicional de vacina está em estudo

Diretor do Butantan diz que dose adicional de vacina está em estudo

Dimas Covas prestou depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira (27)

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Diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, na CPI (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse à CPI da Covid nesta quinta-feira (27) que uma terceira dose da Coronavac está em estudo pelo instituto. 

“Eu não tenho chamado de terceira [dose], mas de [dose de] reforço. Isso será necessário a todas as vacinas. Não só em relação à própria duração da imunidade, mas em relação às variantes”, disse Covas. 

Segundo ele, a resposta de anticorpos induzidos pela vacina às novas variantes, como a da África do Sul e a da Índia, é inferior à cepa original. “Portanto uma dose adicional já com as variantes está sendo pesquisada, inclusive por Butantan, que já incorpora essa variante chamada P1 nos estudos em andamento, inclusive com a Butanvac, prevendo que ela seja produzida”, contou. 

O diretor do instituto ainda afirmou, em resposta a pergunta da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que a segunda dose da Coronavac pode ser tomada em tempo superior a 28 dias, período recomendado, que ainda surtirá a produção de anticorpos. O importante, reforçou Covas, é tomar as duas doses. 

INTERRUPÇÃO FEDERAL

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Durante o depoimento, Dimas afirmou ainda que que a interrupção do governo federal na negociação de compra de vacinas prejudicou o cronograma de entrega de vacinas. Covas afirma que seria possível ter 100 milhões de doses da Coronavac entregues até maio. 

“Primeiro porque mudou totalmente o cronograma [a suspensão da negociação]. Se tivéssemos o contrato com quantitativo maior, de 100 milhões de doses, o cronograma seria outro, poderia ter sido cumprido até maio”, afirmou. 

O diretor explica que as tratativas estavam avançadas até o dia 20 de outubro de 2020, quando seria assinado contrato para a compra de 46 milhões de doses. Pazuello estava comemorando a aquisição, segundo Covas. 

No entanto, nessa data, houve declarações do presidente Jair Bolsonaro afirmando que o negócio não seria fechado. O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reproduziu o áudio das declarações do presidente. 

“Já mandei cancelar, quem manda sou eu. Não abro mão da minha autoridade”, disse o presidente.  “Senhores, é simples assim: um manda e outro obedece”, afirmou Pazuello, em outro áudio reproduzido na comissão. 

Dimas Covas, portanto, rebateu a versão dada pelo ex-ministro Pazuello à CPI, que disse que não recebeu ordens para romper o negócio. 

“Aquele momento foi um divisor de águas. A partir do dia 20, essas tratativas simplesmente pararam”, afirmou Dimas Covas à CPI.

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