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vacinasEntenda a diferença entre plasma convalescente, soro e vacina contra covid

Entenda a diferença entre plasma convalescente, soro e vacina contra covid

Todos são formas de proteção contra a doença, mas possuem funções diferentes e agem de maneiras distintas

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Doação no Instituto Butantan. (Foto: Divulgação/Butantan)

Além da vacina, os cientistas também estudam o plasma convalescente e o soro como formas de proteção contra a covid-19. Apesar de agirem contra o mesmo vírus, eles possuem funções diferentes e agem de maneiras distintas. 

A pesquisadora e diretora do Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan, Ana Marisa Chudzinski, explica que a vacina prepara o organismo para responder quando houver uma infecção.  

“Você espera que a pessoa que recebeu o imunizante tenha a chamada imunidade celular, que é uma memória. Quando ela tiver contato com o vírus, vai formar uma grande quantidade de anticorpos”, disse.  

Já o soro e o plasma não conferem imunidade duradoura como a vacina, porque já se utilizam de anticorpos prontos. No caso da vacina contra a covid-19, usa-se o antígeno para que a pessoa não desenvolva a doença se tiver contato com o vírus. 

A VACINA
 
A pesquisadora ainda explica que a vacina é um imunobiológico que atua de forma preventiva, e que para produzir a resposta imune, é necessário inocular um agente patogênico em um organismo, que prepara o sistema imunológico para se defender quando o corpo tiver contato com esse micro-organismo novamente.  

Normalmente, os imunizantes utilizam vírus fragmentados ou vírus inteiros inativados (mortos), que não são capazes de adoecer o indivíduo. A resposta imunológica induzida pela vacina é chamada de imunidade ativa. 

O imunizante serve para prevenir o adoecimento quando a pessoa entra em contato com o vírus. Além disso, confere imunidade duradoura e diminui casos graves da doença e evita óbitos e internações. 

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Vale ressaltar que nenhuma vacina é 100% eficaz, então o indivíduo pode adoecer, ainda que não desenvolva a forma grave da infecção. 

O SORO
 
O soro é também um imunobiológico mas, diferentemente da vacina, é uma forma de tratamento, não de prevenção. Geralmente, o agente causador da doença é inoculado em um animal, que responde produzindo anticorpos.  

Depois, utiliza-se o plasma do animal para separar as imunoglobulinas, que atuam contra organismos invasores. Trata-se, então, de uma reação chamada de imunidade passiva. 

Em geral, o soro é usado para tratar pessoas já infectadas, e controla, de forma precisa, a quantidade de anticorpos introduzidos no paciente. Por ser um produto, ele ainda precisa passar por testes clínicos antes de obter autorização para ser utilizado. 

O PLASMA CONVALESCENTE
 
Já o plasma convalescente, também um tratamento, tem finalidade parecida com a do soro. Porém, nesse caso, não há injeção do vírus inativado no organismo.  

A ideia de utilizar o plasma como tratamento é fazer um processo parecido com uma transfusão de sangue de uma pessoa curada para uma pessoa infectada. Como o doador tem anticorpos, a pessoa que recebe o plasma será capaz de reconhecer o vírus e combatê-lo mais rapidamente. 

Sendo assim, o plasma convalescente serve para tratar pessoas já infectadas, e age como uma alternativa rápida para tratar a doença e diminuir  a gravidade dos casos e as internações enquanto não há tratamento específico. 

Contudo, não é possível saber a quantidade de anticorpos que são passados ao receptor da doação.

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Luciana Félix
Luciana Félixhttps://www.acidadeon.com/campinas/
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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