O governo do Estado de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (8) que encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo a “adoção imediata” do passaporte da vacina para os viajantes que chegam ao Brasil.
A pressão ao governo federal foi feita pelo governador João Doria (PSDB) durante coletiva de imprensa no começo da tarde.
“São Paulo é a principal porta de entrada de estrangeiros no país, recebendo dois terços dos voos internacionais que chegam país. Nós pedimos implantação imediata. A medida já tinha sido recomendada pela Anvisa e não há razão para negar”, disse o governador.
“Aqui em São Paulo, a liberdade vale tanto quanto a vida”, completou. Ontem (7) o ministro da saúde, Marcelo Queiroga parafraseou o presidente Jair Bolsonaro e afirmou que “Às vezes é melhor perder a vida do que perder a liberdade”.
QUARENTENA
A declaração do ministro foi dada durante o anúncio de quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados.
Nesta terça (7), o governo federal disse que pedirá quarentena de cinco dias para viajantes não vacinados que saiam de outros países e desembarquem no Brasil.
Sobre a possibilidade de exigência de um certificado de vacinação para viajantes que queiram entrar no país, Queiroga avaliou que o enfrentamento à pandemia não diz respeito apenas “a um chamado passaporte que mais discórdia do que consenso cria”.
OUTROS PEDIDOS
O governo paulista também anunciou que o Instituto Butantan encaminhará à Anvisa a solicitação para aplicar a vacina Coronavac em crianças de 3 a 11 anos.
“São Paulo reservou 12 milhões de doses da Coronavac para essa aplicação”, disse Doria.
O governador destacou que China, Filipinas, Malásia, Chile e Equador já aplicam o imunizante contra Covid-19 produzido pela Sinovac nessa faixa etária. “O Butantan entende que é hora de iniciar a vacinação de crianças no Brasil”, afirmou.