
O homem teria apresentado um atestado médico para tentar ter prioridade no atendimento da agência, quando o segurança do banco pediu para que o homem se retirasse do local porque ele deveria estar em quarentena. O homem se revoltou e acionou a Polícia Militar.
Segundo a PM, a equipe foi acionada com o registro de desinteligência entre pessoas. Ao chegar no local, os policiais foram informados do caso anormal, e orientaram o homem a ir embora e cumprir o recolhimento.
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O homem foi diagnosticado como caso suspeito pelo Hospital Ouro Verde, onde realizou o exame e foi orientado a se recolher por 15 dias até o resultado definitivo do exame ficar pronto. Segundo a Polícia Militar, o hospital confirmou a restrição de saída do paciente, e a determinação do isolamento que ele deveria cumprir, sem poder sair de casa.
O Corpo de Bombeiros também foi acionado para dar apoio, mas não chegou a fazer o atendimento ao paciente.
Foi elaborado um boletim de ocorrência para fins de registro. Segundo a Polícia documento será encaminhado a outros órgãos caso necessário.
OUTRO LADO
O homem suspeito de ter a doença entrou em contato com a reportagem do ACidade ON e informou que teve que passar na agência bancária logo após sair do Ouro Verde para sacar dinheiro, e teve o cuidado de ir antes das 9h, para não ter contato com outros clientes. Ele informou que não tinha dinheiro e nem cartão para comprar alimentos par sua casa. Porém, o atendimento no local demorou e por isso a confusão acabou acontecendo. Ele está em casa cumprindo o isolamento.
ILEGALIDADE
Na última terça-feira (17), os ministros da Saúde e Justiça editaram uma portaria interministerial, com determinações sobre a obrigatoriedade no cumprimento das medidas anunciadas para conter a pandemia do novo coronavírus. Uma das decisões permite que o indivíduo que descumprir as recomendações de quarentena poderá ser preso.
O caso poderá ser enquadrado em dois artigos do Código Penal, sendo o artigo 268, como crime contra a saúde pública, com pena de detenção de um mês a um ano, e multa, e no artigo 330, de crime de desobediência, com pena de detenção de 15 dias a seis meses, e multa.
A portaria também prevê que a autoridade policial poderá encaminhar o agente à sua residência ou estabelecimento hospitalar para o cumprimento das medidas, e a possibilidade de o indivíduo ser encaminhado a um estabelecimento prisional em cela isolada dos demais esta hipótese, contudo, só é cogitada em casos excepcionais. Segundo o ministro Sérgio Moro, a prisão deve ser feita em última possibilidade.
"O que a portaria esclarece é que o descumprimento pode configurar um crime, previsto no nosso Código Penal, que impõe inclusive pena de prisão. Agora, ninguém quer que pessoas sejam presas, estamos colocando como última possibilidade. O que se espera é o cumprimento voluntário", declarou.