O Banco Central atualizou a agenda desta terça-feira do presidente do órgão, Roberto Campos Neto, e passou a prever uma reunião com os três sindicatos que representam os servidores da autarquia, das 16 horas às 17 horas. Campos Neto vai receber o Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), a Associação Nacional dos Analistas do BC (ANBCB) e o Sindicato Nacional dos Técnicos do BC (SinTBacen) após o anúncio de greve da categoria por tempo indeterminado a partir de 1º de abril.
Mais cedo, o BC divulgou nota para esclarecer que “tem planos de contingência para manter o funcionamento dos sistemas críticos para a população, os mercados e as operações das instituições reguladas, tais como STR, Pix, Selic, entre outros”.
Antes mesmo da greve, os servidores têm feito paralisações diárias de quatro horas, das 14 horas às 18 horas, desde 17 de março. A categoria cobra do governo um reajuste salarial de 26,3% e a reestruturação das carreiras.
O movimento já atrasou divulgações como a Pesquisa Focus, o resultado do Questionário Pré-Copom, o fluxo cambial, além da apuração diária da Ptax.
A reportagem do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) ainda apurou também que outra consequência será a suspensão do lançamento de novos serviços do Pix.
Na segunda-feira, também por causa da operação-padrão dos servidores, o BC disse que não divulgará nesta semana as estatísticas econômico-financeiras de fevereiro, como estava previsto.
A assessoria da autoridade monetária disse que as datas de publicação serão divulgadas “oportunamente”.