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EconomiaCâmara aprova mudança na taxa de fiscalização dos mercados de valores mobiliários

Câmara aprova mudança na taxa de fiscalização dos mercados de valores mobiliários

Câmara aprova mudança na taxa de fiscalização dos mercados de valores mobiliários

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A Câmara aprovou nesta terça-feira, 22, uma Medida Provisória (MP) que muda a forma de cálculo da taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores mobiliários, reajustando valores segundo o patrimônio líquido dos contribuintes. A matéria vai agora ao Senado. Além da taxa, a MP também muda regras de julgamento de recursos administrativos junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A taxa arrecadada pela CVM está prevista na Lei 7.940/89 alterada pela MP em vigor desde janeiro.

A MP discrimina de forma mais detalhada os contribuintes da taxa de fiscalização e atribui novos valores. Em alguns casos haverá redução do tributo. É o caso dos agentes autônomos de investimento e do registro de ofertas públicas. Para esta última, a taxa será calculada pela aplicação da alíquota de 0,03% sobre o valor da operação. Antes da MP, as alíquotas variavam entre 0,05% e 0,64%.

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Para outros casos, no entanto, haverá aumento da alíquota cobrada, como para as companhias abertas de grande porte. Com a MP, o rol de contribuintes será ampliado, para incluir agências de classificação de risco, agentes fiduciários e plataformas de investimento coletivo (crowdfunding), entre outros.

O Plenário votou nesta terça o substitutivo do relator, deputado Neucimar Fraga (PSD-ES), que determinou que a multa pelo atraso no pagamento seguirá a legislação aplicável aos tributos federais, em vez de 20% ou 10%, como propunha a MP original, se o pagamento ocorresse até o mês seguinte ao do vencimento.

Ao Broadcast Político, Fraga tinha afirmado que havia acordo sobre a MP com a CVM, a equipe econômica, o governo e as associações de investidores autônomos. Fraga havia dito também que a emenda que propunha a ampliação da participação societária de agentes de investimentos já havia sido chancelada pela CVM. “Agora já está autorizada a ampliação societária dos agentes de investimentos”, afirmou.

Outra alteração avalizada pela CVM havia sido a mudança de nome de “agente autônomo de investimento” para “assessor de investimento”. Além disso, a emenda que propôs acabar com a exclusividade também foi aceita. Hoje, agentes autônomos só podem oferecer produtos de uma corretora. A emenda apresentada acaba com isso, numa tentativa de abrir o mercado e ampliar a concorrência no setor.

“Nós conseguimos entendimento com a CVM e com a equipe econômica. Esse assunto vai ser tratado por normativa. Nos próximos dias a CVM vai debater e divulgar depois o modelo após o fim da exclusividade dos agentes autônomos”, disse Fraga.

A expectativa, segundo Fraga, é que haja um crescimento dos agentes autônomos no País. “Hoje o Brasil tem cerca de 16 mil agentes autônomos. Os Estados Unidos têm 1,5 milhão, ou seja, existe um exército de jovens recém-formados que poderão entrar oficialmente no mercado financeiro e operando nesse setor”, a partir da redução da taxa cobrada anualmente aos investidores autônomos no Brasil.

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