O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, ressaltou nesta segunda-feira, 22, que as projeções de dívida bruta ficarão bem melhores do que o estimado pelo mercado. O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do 5º bimestre, divulgado há pouco, traz estimativa para a dívida em 2021 em 81,7% do PIB. “É um patamar bem abaixo do que vinha sendo falado pelo próprio mercado”, disse.
O secretário afirmou que as projeções trazidas no relatório andam em linha com a trajetória esperada pelo governo, “caminhando no sentido da consolidação”.
Colnago ressaltou a melhora no primário, que saiu de um déficit de R$ 139,4 bilhões para R$ 95,82 bilhões, ou de 1,6% do PIB para 1,1%. “Temos como variável principal, além do controle das despesas pelo teto, a melhoria da arrecadação, bem acima do que a gente imaginou”, disse. O secretário frisou que, conforme acontece normalmente no fim do ano, o governo tem uma flexibilização no Orçamento que será usada para permitir liberação para envio de um PLN para recompor discricionárias.
O secretário ressaltou que, não fosse a PEC dos Precatórios e a recente demanda social, o déficit poderia chegar próximo de zero no próximo exercício. A previsão da equipe econômica é de déficit de 1,5% do PIB em 2022. “Que é muito próximo, até abaixo do resultado de 2015, mantendo a trajetória de controle do resultado primário em relação a PIB”, disse.