A Fitch reafirmou nesta terça-feira, 12, o rating da Argentina em CCC. Em comunicado, a agência diz que a avaliação reflete a “liquidez externa fraca” e os “desequilíbrios macroeconômicos pronunciados” do país, que minam a capacidade de pagar suas dívidas, bem como a incerteza sobre quanto progresso pode haver nesses temas, no âmbito de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Segundo a Fitch, o histórico de pagamento de dívida da Argentina é um dos mais fracos entre os soberanos com avaliação de rating. A agência vê o cenário político local como “complexo”.
Diz que o acordo com o FMI tem exigências políticas “relativamente não ambiciosas” em relação a anteriores do Fundo, além do fato de que os desequilíbrios econômicos “profundos” podem ameaçar a iniciativa.
O país pode ainda ser afetado economicamente por desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, adverte.
A Fitch projeta que a economia argentina enfrente um 2022 “difícil”, com crescimento de 3,0% do Produto Interno Bruto (PIB) real.
Após 2022, o avanço do PIB deve ficar entre 1,5% e 2,0% se não houver agenda de reformas estruturais, acredita a agência.