O Fundo Monetário Internacional (FMI) defendeu, em entrevista coletiva, o acordo fechado nesta quinta-feira, 3, em nível técnico com a Argentina, para que o país possa refinanciar sua dívida de US$ 45 bilhões. Diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do FMI, Ilan Goldfajn destacou que o pacto é “pragmático e realista”, com medidas combinadas para garantir a queda gradual na inflação do país.
Goldfajn mencionou que haverá um novo marco para a política monetária local, com juros reais positivos. Além disso, o acordo prevê a redução em subsídios no setor de energia, mas “mantendo a proteção aos mais pobres”.
Chefe da missão do FMI na Argentina, Luis Cubeddu disse que o Fundo projeta inflação entre 38% e 40% na Argentina neste ano, com queda gradual adiante. A equipe do FMI também admitiu a incerteza sobre as projeções, no quadro atual.
Vice-diretora do Departamento do Hemisfério Ocidental, Julie Kozack afirmou que o déficit fiscal da Argentina também terá redução gradual, no âmbito do acordo, até ser zerado em 2025.
Questionado, Goldfajn afirmou que tem “plena confiança nas autoridades da Argentina” sobre a possibilidade de aprovação do acordo no Congresso do país.