Os sistemas bancários no mundo continuam a ser capazes de absorver choques de desenvolvimentos adversos no crescimento global e prêmios de risco alinhados com os observados durante a pandemia, embora permaneçam incertezas associadas à evolução dos níveis de capital e o espaço político para absorver novos choques, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI). A conclusão consta em relatório sobre estresse bancário publicado nesta quarta-feira, e, apesar de não levar com conta a guerra na Ucrânia e os temores por estagflação, aponta para uma resiliência no setor, de acordo com o organismo.
Por sua vez, bancos em mercados emergentes enfrentam maiores riscos em um cenário adverso, refletindo a maior sensibilidade do seu capital próprio a choques, aponta o FMI.
O relatório mostra “uma encorajadora imagem de resiliência, mas também a necessidade de um acompanhamento contínuo e de perto. Isto é especialmente verdadeiro em economias emergentes que ainda têm bolsões de vulnerabilidade combinado com um espaço mais restrito para as políticas responderem aos novos desafios”, avalia o Fundo.
A análise incluiu 25 anos inclui de dados bancários até 2020 para 257 dos maiores credores em 24 economias avançadas e cinco mercados emergentes.
Juntas, as instituições representam 70% dos ativos bancários do mundo. Em cada economia, o teste de estresse cobre quantas instituições forem necessárias para responder por pelo menos 80% dos ativos para os sistemas bancários individuais, explica o FMI.