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EconomiaGoverno tenta acelerar agenda econômica para não perder apoio de liberais

Governo tenta acelerar agenda econômica para não perder apoio de liberais

Governo tenta acelerar agenda econômica para não perder apoio de liberais

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste domingo, 14, que o governo precisa correr com a agenda econômica para garantir apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. “Esperamos justamente acelerar as nossas reformas para garantir o apoio dos liberais”, disse a jornalistas, durante viagem que faz em Dubai. “Nosso governo é de centro-direita, então somos liberais na economia e conservadores nos costumes. Para que os liberais continuem nos apoiando, com uma reeleição do presidente, é preciso ter reformas. Querem ver formas administrativas, querem ver as privatizações avançando”, continuou.

De acordo com o ministro, apesar de esta ter sido sempre uma das prioridades da agenda econômica do governo, muitas vezes o plano foi interrompido por causa de outros episódios, como a pandemia de coronavírus e outros temas como o do imbróglio dos precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça). “Às vezes, as reformas foram interrompidas por causa de todas essas coisas que aconteceram, mas esperamos merecer a confiança dos liberais… se não avançarmos nessa pauta: abertura da economia, privatizações, destravar a pauta de investimentos. É isso o que estamos fazendo aqui em Dubai”, enumerou.

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Guedes evitou fazer comentários sobre vários assuntos que, segundo ele, não estão relacionados a sua área, como o preço dos combustíveis e a questão envolvendo a Embraer, alegando que o assunto cabe ao Ministério da Defesa. Da mesma forma, Guedes não quis falar aos jornalistas sobre a alta da inflação, dos juros e dos preços do petróleo no mercado internacional. “Petróleo é assunto de Minas e Energia e inflação e juros são assunto do Banco Central. Eu tenho cá minhas expectativas, mas não comento”, desconversou.

O ministro, no entanto, disse que o Brasil começou o processo de redução de tarifas de importação dentro do Mercosul . “Quero a modernização do Mercosul, justamente para aumentar a oferta no momento em que a demanda está forte e a inflação está subindo.”

Mais uma vez, ele disse que há muito pessimismo dos agentes econômicos em relação aos números do Brasil. “Estamos muito otimistas. O crescimento da economia está contratado. Os juros vão subir um pouco para atacar a inflação, mas o crescimento está contatado, são R$ 700 bilhões (de investimentos programados) fora o trabalho que vamos continuar fazendo. Não apostem contra a economia brasileira”, avisou.

Segundo Guedes, quem apresenta previsões negativas vai perder dinheiro. “Mais uma vez as previsões lá no Brasil vão ser equivocadas. Tá todo mundo vendo que o Brasil não vai crescer e o que eu estou vendo é o contrário”, defendeu. Segundo ele, além dos R$ 544 bilhões em investimentos previstos, foram contratados mais R$ 150 bilhões com o leilão da tecnologia 5G, realizado no início do mês.

“Já temos mais de R$ 700 bilhões em contratos. Acho muito difícil o Brasil não crescer no ano que vem. Quando disseram que o Brasil ia ficar em depressão, eu disse que ia voltar em “V”. Diziam que eu estava otimista, mas a economia voltou em “V”. Depois eu disse que o Brasil ia crescer e estamos crescendo 5,5%. No ano que vem estão dizendo que não vai crescer. Acho quase impossível, pois temos os R$ 700 bilhões já encomendados.”

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