O ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu nesta quarta-feira, 17, que o Brasil tem um histórico de interferências regulatórias e em preços em anos eleitorais. Ele afirmou que há pressões políticas sobre o presidente Jair Bolsonaro, mas ponderou que a equipe econômica defende que os mercados se ajustem à alta de preços. Cabe ao governo, disse, resolver as disfunções criadas por meio de programas de transferência de renda.
“Se preços de petróleo e energia sobem, é parte da solução porque atrai investimento. (…) A melhor solução é deixar o mercado agir e, qualquer disfunção, resolve com transferência de renda”, disse, durante evento organizado pelo Bradesco BBI.
O ministro disse que prefere trabalhar com “instrumentos melhores” para combater os efeitos da inflação e defendeu novamente um fundo com recursos de privatização para financiar programas sociais.
Guedes citou movimentos anteriores de interferência no câmbio, nas políticas do Banco Central e nos preços e citou casos nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (FHC) e Dilma Rousseff. Ele afirmou que há pressões atualmente e que há uma preocupação com o tema. “É uma luta em curso”, resumiu.