O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não vê espaço para reajuste aos servidores em 2022 com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
A PEC abre um espaço de aproximadamente R$ 90 bilhões no teto de gastos no próximo ano, mas cálculos do Ministério da Economia apontam outras despesas como destinatárias da folga, entre elas o Auxílio Brasil. Além disso, o reajuste criaria um aumento de despesa permanente para a União.
“Eu absolutamente não vi esse espaço, não conheço esse espaço. Os números que foram apresentados pela Economia para a Câmara dos Deputados não previam esse aumento e eu penso que aquele portfólio de custos que foi amplamente divulgado pela imprensa possam ser honrados para que tenha fidedignidade do que foi acertado nas discussões de plenário”, disse Lira em entrevista coletiva na Câmara.
Na terça-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou com a possibilidade de o governo dar reajuste aos servidores se a PEC dos precatórios for aprovada. A declaração, no entanto, foi negada em seguida por integrantes da equipe econômica e parlamentares, entre eles o relator do Orçamento de 2022, deputado Hugo Leal (PSD-RJ).