SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Caminhoneiros que se dizem pouco representados pelos líderes de paralisações anteriores estão à frente de movimento em redes sociais para convocar uma greve no dia 1º de fevereiro.
O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), criado em setembro, está promovendo o ato. O grupo criou uma interlocução entre caminhoneiros, associações, cooperativas e sindicatos, segundo o presidente Plínio Dias.
Ele afirma que o CNTRC está em processo de obtenção do CNPJ, que teria sido atrasado pela pandemia. Segundo Dias, a categoria reclama da política de reajustes do custo do combustível praticada pela Petrobras, que levou em conta preços do mercado internacional, e pede que o julgamento da tabela do frete seja retomado no Supremo Tribunal Federal.
José Roberto Stringasci, da ANTB (Associação Nacional de Transporte do Brasil), outra entidade à frente da campanha, diz que as lideranças que representavam a categoria em 2018 não trouxeram as respostas necessárias para o grupo.
Representantes dos caminhoneiros em paralisações anteriores estão divididos em relação à adesão da greve em fevereiro.
Wallace Landim, o Chorão da paralisação de 2018 e presidente da Abrava, afirma que ainda avalia se irá apoiar o movimento. Caminhoneiros do Porto de Santos se posicionaram em redes sociais contra os atos.
Para o caminhoneiro Salvador Edimilson Carneiro, conhecido como Dodô, a repercussão da convocação está grande, mas ele diz não ter certeza sobre a paralização diante das dificuldades de articulação nos grupos.
O Ministério da Infraestrutura diz que nenhum transportador pode falar em nome de todo o grupo e que as entidades que chamam a greve representam a opinião de seus dirigentes.
A pasta monitora os movimentos de caminhoneiros desde 2018, quando houve grande paralisação a partir de maio. A avaliação é que não há adesão para a paralisação do dia 1º de fevereiro.
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Novas lideranças de caminhoneiros tentam emplacar greve
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