Após o presidente da República, Jair Bolsonaro, ter sinalizado com um reajuste dos salários do funcionalismo em 2022 mesmo sem previsão no Orçamento para isso, o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, lembrou nesta quarta-feira que qualquer aumento para os servidores precisará vir acompanhando da redução de outras despesas.
“A beleza do teto de gastos é que ele deixa muito claro os trade-offs para a sociedade. Para eu dar aumento de salário para funcionários públicos, eu preciso reduzir alguma outra despesa. Então, se existe uma demanda democrática e legítima da sociedade para darmos aumento de salário para os funcionários públicos, teremos que mostrar que gasto será reduzido”, explicou o secretário.
Sachsida contrapôs a ideia de reajuste dos servidores com outras demandas que têm sido discutidas pelo Congresso para uso do espaço fiscal proporcionado pela PEC dos Precatórios. “Onde vou usar esse espaço? Devo gastar desonerando a folha de pagamentos ou devo melhorar os programas sociais nesse momento tão delicado. Ou será que devemos usar esse espaço fiscal para dar reajuste de salários para uma categoria que não perdeu emprego e renda na pandemia?”, questionou.