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EconomiaParecer do MPF pede suspensão da venda da PBio pela Petrobras, diz FUP

Parecer do MPF pede suspensão da venda da PBio pela Petrobras, diz FUP

Parecer do MPF pede suspensão da venda da PBio pela Petrobras, diz FUP

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O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer para que a Petrobras suspenda o processo de privatização da Petrobras Biocombustível (PBio) até que a empresa apresente estudos de impactos socioeconômicos, trabalhistas e previdenciários sobre a eventual alienação da subsidiária, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP) nesta terça-feira, 16.

O parecer do procurador Edmundo Antônio Dias Netto Júnior alerta, também, para a necessidade de convocação de audiências públicas sobre a venda da Pbio.

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Na manifestação, o MPF ressalta que a Petrobras não está fornecendo aos empregados da empresa e à sociedade o direito à informação e de acompanhar “de maneira pormenorizada” o processo de alienação da empresa.

“A Petrobras, ao contrário, negou que haja utilidade nos estudos sobre os impactos da alienação em sua força de trabalho”, disse o Ministério no documento.

O parecer do MPF atende à ação civil pública ingressada pelos sindicatos de petroleiros de Minas Gerais, Bahia e Ceará/Piauí. Os sindicatos alegam que é preciso paralisar a privatização da PBio por ausência de estudos e de informações sobre impactos sociais causados aos trabalhadores durante o processo.

Para o advogado Ângelo Remédio, da Advocacia Garcez, que representa os sindicatos autores da ação, “o parecer do MPF é um passo importante na luta dos trabalhadores da Pbio”.

O processo também pede que a Justiça reconheça os direitos dos empregados da PBio serem realocados em vagas dentro do sistema Petrobras. A subsidiária conta com cerca de 150 empregados próprios, concursados, nas três unidades (Quixadá-CE, Montes Claros-MG e Candeias- BA).

“A falta de transparência é prática constante da administração da Petrobras, que precisa ser investigada e punida pelos órgãos de controle e denunciada pela sociedade”, afirmou em nota o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

Segundo ele, a privatização da PBio é um ataque às políticas ambientais, pois retira a estatal do setor de energias renováveis em um momento em que todas as petroleiras buscam a redução de emissões de gases efeito estufa (GEE). Além disso, afirma que a venda da empresa pode impactar a agricultura familiar e ampliar o desemprego no País.

O Brasil é o terceiro maior mercado de biodiesel do mundo. Segundo a FUP, a usina de Quixadá foi fechada em 2016, interrompendo a produção de cerca de 100 mil metros cúbicos de biodiesel por ano e a Petrobras já vendeu participação em outras usinas do biocombustível. Em fevereiro deste ano, a estatal completou a venda da sua participação de 50% na BSBios, por R$ 322 milhões.

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