Os preços da batata, da cebola e do tomate subiram em abril nos mercados atacadistas representados pelas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País. O alívio veio com a cenoura que, depois de uma escalada dos preços em todos os meses deste ano, apontou reversão no mês passado, explicada pela menor demanda da raiz, mostra o 5º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira.
As maiores quedas nos preços da cenoura ocorreram em Vitória (Espírito Santo), onde a variação negativa foi de 30,16%. No entanto, “mesmo com a queda, o Boletim revela que os níveis das cotações continuam elevados em comparação com outros anos”.
O Prohort informa outros produtos importantes na composição do quadro alimentar do consumidor, que apresentaram queda nas cotações em abril.
As alternativas apontadas, na comparação com o mês anterior, dentre as hortaliças comercializadas na Ceagesp/SP, que tiveram queda de preço, são: abóbora moranga (-20%), beterraba (-16%), batata-doce (-15%), inhame (-12%) e abobrinha (-11%). Em relação às frutas comercializadas no mesmo entreposto, comparando-se abril com março, destacaram-se na redução das cotações: caqui (-47%), pêssego (-29%), melão (-21%), carambola (-17%), limão (-15%) e a uva (-12%).
Segundo comunicado da Conab, a redução de preços do mamão e da melancia também oferecem boas perspectivas para o consumo de frutas. A baixa procura pela melancia tem mantido as cotações estáveis ou até mais baixas em alguns mercados, especialmente na Ceagesp/SP (-40,48%), com preço médio de R$ 1,50/kg, e na Ceasa de Goiânia (-36,56%), onde a fruta chegou a um preço médio de R$ 2,03/kg.
Já o mamão, vinha com preços elevados no início do ano, apresentou uma queda em abril, “embora possa voltar ao viés de alta ainda neste mês”, pondera a Conab. Outras frutas, como banana, laranja e maçã, tiveram oscilações entre os mercados atacadistas estudados, com destaque para a redução do preço médio da laranja na Ceasa de Rio Branco (-26,84%) e da maçã em Vitória (-18,46%).
Flores
A edição de maio do Boletim Prohort trouxe também um tópico extra sobre o mercado de flores e plantas ornamentais, produzido em parceria com o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor). De acordo com as análises, espera-se um crescimento do setor de 12% em 2022 em comparação com 2021, mas que ainda dependerá da situação econômica do País.
“Os bons resultados do mercado deve-se ao ganho em eficiência ocorrido na floricultura nacional este ano graças, principalmente, às melhorias na comercialização, da cadeia do frio e da logística. Os resultados foram a redução do tempo que as flores e plantas levam para percorrer o trajeto entre o produtor e o consumidor, com a consequente diminuição das perdas e dos desperdícios”, informa a Conab.
A base de dados Conab/Prohort contempla informações de 117 frutas e 123 hortaliças, totalizando cerca de 2 mil produtos e suas variedades. O levantamento dos dados estatísticos que possibilitaram a análise deste mês foi realizado nas Centrais de Abastecimento localizadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Goiânia, Brasília, Recife, Fortaleza e Rio Branco.