A produção brasileira de café, incluindo as espécies arábica e canephora, deve somar 3,4 milhões de toneladas, ou 56,1 milhões de sacas de 60kg, um aumento de 14,4% em comparação com 2021, segundo os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de março, divulgado nesta quinta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com a previsão de fevereiro, houve um aumento de 0,9%.
O rendimento médio deve ser de 1.824 kg/ha, 13,5% superior ao de 2021.
“Esse aumento deveria ser até maior. Esta safra está sendo prejudicada pelas condições climáticas desfavoráveis. Os preços do café dispararam no mercado internacional”, observou Carlos Alfredo Guedes, gerente da pesquisa do IBGE.
Segundo ele, o café arábica alcançou em fevereiro preço recorde de R$ 1.400 pela saca de 60 kg. “O preço já caiu um pouquinho, mas permanece bem alto”, declarou.
A produção de café arábica está estimada em 2,3 milhões de toneladas em 2022, ou 38,7 milhões de sacas de 60 kg, um crescimento de 20,9% em relação ao ano anterior. Na comparação com a projeção de fevereiro, houve um aumento de 0,6%.
O IBGE relembra que o ano de 2022 é de bienalidade positiva para a safra do café arábica, “o que deve resultar em um aumento expressivo da produção, embora o clima seco e excessivamente frio do inverno de 2021, inclusive com a ocorrência de geadas em algumas regiões produtoras, possa ter reduzido o potencial de produção esperado”.
O café canephora, mais conhecido como conilon, ou robusta, deve totalizar 1,0 milhão de toneladas em 2022, ou 17,4 milhões de sacas de 60 kg, alta de 2,3% ante 2021. Em relação à projeção de fevereiro, houve um aumento de 1,7%.