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EconomiaUnited Health pode vender Amil após ter de ficar com planos deficitários

United Health pode vender Amil após ter de ficar com planos deficitários

United Health pode vender Amil após ter de ficar com planos deficitários

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Depois de a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) barrar a venda da carteira de planos de saúde individuais da Amil à Assistência Personalizada à Saúde (APS), a gigante americana do setor de saúde United Health deverá dar início a um processo radical: o de venda não apenas desses 337 mil planos, mas de seu negócio como um todo, incluindo carteira de segurados e rede hospitalar. A proposta multibilionária já começou a circular no mercado, apurou o Estadão.

Dado o tamanho da operação, os candidatos principais seriam Bradesco Seguros e Rede D’Or, que já demonstraram apetite na aquisição dos hospitais da Amil – processo que foi iniciado, mas acabou não sendo levado adiante. A Dasa, que pertence à família Bueno (fundadora da Amil), também estaria de olho na operação. Entre os fundos de investimento, o Advent é citado, mas a aposta é de que outros gigantes especializados em aquisições podem entrar no páreo em breve.

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O setor de saúde, considerado um “porto seguro” mesmo diante do cenário de crise, continua bastante aquecido em fusões e aquisições. Prova disso foi a recente negociação relâmpago da Rede D’Or com a SulAmérica, que pode ser interpretada como um sinal de que a D’Or tem interesse também em planos de saúde.

DIFICULDADES

Como não está conseguindo tirar o peso dos planos individuais de seu balanço, a United Health vai colocá-lo em um pacote de venda muito maior. A Amil, de acordo com dados disponíveis em seu site, possui uma rede de 5,7 milhões de beneficiários, 7,4 mil laboratórios, 19,5 mil colaboradores e 19,7 mil médicos conveniados. A empresa possui ainda 15 unidades hospitalares e 1,2 mil hospitais credenciados à sua rede.

Mesmo assim, a leitura de pessoas envolvidas nas negociações é de que a análise precisará ser minuciosa, pois os 337 mil planos serão um obstáculo. Além desse problema específico, há a noção de que, desde a aquisição, em 2012, a United Health não conseguiu tirar suficiente valor do negócio, que já passou por algumas reestruturações desde então.

É um problema do qual a United fez de tudo para se livrar. Depois de oferecer a quase todo o mercado o pacote de 337 mil vidas, a empresa se comprometeu a investir R$ 2,3 bilhões no negócio, repassando os planos para a APS. A ideia da companhia americana era “vender” a APS a um grupo liderado pela gestora Fiord. Caso o acordo fosse aprovado, esses novos administradores receberiam mais R$ 3 bilhões.

No entanto, a ANS barrou a operação. Isso porque, embora a agência tenha afirmado que não haveria problema em repassar os clientes a um novo negócio, o entendimento da autarquia foi de que a United Health fez isso com a meta de repassá-lo a um terceiro.

A United Health disse não comentar rumores e afirmou ser um investidor de longo prazo no País. O grupo Bradesco Saúde não comentou o caso, mas afirmou que está “atento às mudanças no setor (…), avaliando impactos e oportunidades para seus negócios”. A Rede D’Or e a Dasa não quiseram comentar. O Advent não respondeu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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