As urnas eletrônicas são utilizadas no Brasil há 28 anos e têm capacidade tecnológica para garantir transparência e segurança nas eleições. As urnas garantem uma série de benefícios para o período eleitoral, como a proteção contra possíveis fraudes nos resultados das eleições e a rapidez no processo de contabilização dos votos. Através desse sistema de votação que a Justiça Eleitoral garante uma eleição segura e democrática.
Desenvolvidas com sistemas de segurança, como a utilização do hardware e criptografia de ponta a ponta, esses sistemas protegem os dados armazenados contra acessos não autorizados. Além disso, conta com assinaturas digitais próprias do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), auxiliando de maneira segura na totalização dos votos. Como elemento de segurança, as urnas não se conectam à internet e, assim, eliminam o risco de ataques cibernéticos durante a votação. Juntamente com o embaralhamento interno e anônimo dos dados, as urnas garantem o sigilo do voto, conforme estabelecido pela Constituição Federal.
Sistema complexo
Marcos Simplicio é pesquisador da LARC-USP (Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores) e destaca a complexidade do sistema:
“As urnas eletrônicas são projetadas de forma que não executam nenhum hardware que não seja assinado pelo TSE”,
disse.
Ele explica também que, ao final das eleições, os resultados são gravados em um pen drive de mídia de resultados, assinado digitalmente pela urna.
“Os sistemas posteriores que totalizam os votos, verificam se tem a assinatura gerada. Nós, eleitores, podemos verificar o boletim de urna, uma via de verificação que fica disponível no Portal do Tribunal Superior Eleitoral”,
acrescenta.
Além disso, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) permite que a cada dois anos sejam feitos testes públicos de segurança, ou seja, as pessoas podem realizar testes nas urnas para garantir que elas sejam seguras para as eleições. Qualquer brasileiro que tenha acima de 18 anos e que preencha os requisitos do formulário de pré-inscrição pode participar. Todas as informações para inscrever e participar dos testes públicos de segurança da urna podem ser encontradas no site do TSE.
Atualmente, 46 países também utilizam o modelo de voto eletrônico e entre eles, pelo menos 16 usam a máquina de gravação direta, ou seja, os votos são registrados eletronicamente e não emitem um comprovante de papel.
Se é Fake, Não é News
O projeto “Se é Fake, Não é News” é uma parceria de conteúdo sobre as Eleições 2024 construído pelo portal acidade on junto com estudantes de jornalismo de Campinas. Por meio da valorização do jornalismo profissional, a parceria tem o compromisso de combater as “fake news” e democratizar a informação com reportagens e conteúdos multimídia no portal e nas redes sociais.
Essa produção é dos alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas Anielly Ferreira, Amanda Poiati, Gabriela Moda, Júlia Domingues e Thaís Ramalho para o componente curricular do Projeto integrador IV Digitais, sob supervisão da professora Amanda Artioli e edição de Luciana Félix.