SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Responsável por encerrar um período de 17 anos sem medalhas de ouro da natação feminina do Brasil em Paralimpíadas, Carol Santiago repetiu a dose nesta terça-feira (31), nos Jogos de Tóquio, voltando a ser protagonista de um momento importante do esporte nacional. Afinal, ela também venceu a final dos 100 metros livre da classe S12 (para atletas com baixa visão).
A nova medalha de Carol Santiago tem peso histórico para a delegação brasileira, pois foi a 14ª de ouro, mesmo número conquistado em 2016, nos Jogos do Rio. O recorde da equipe do país foi nas Paralimpíadas de 2012, em Londres, com 21, número que pode ser alcançado até o fim da competição, no próximo domingo, dia 5.
Além disso, foi o seu segundo ouro de Carol Santiago nesta edição das Paralimpíadas. Antes, ela havia triunfado na disputa dos 50m livre S13. E tinha subido ao pódio com o bronze nos 100m costas S12.
Carol Santiago é, assim, responsável por 2 dos 5 ouros da natação brasileira em Tóquio, uma a mais do que as conquistadas no Rio-2016, sendo que a modalidade só se encerrará na sexta-feira. As outras três foram com Wendell Belarmino (50m livre S11), Gabriel Araújo (200m livre S2) e Gabriel Bandeira (100m borboleta S14).
Nesta terça-feira, a pernambucana terminou a prova dos 100m livre com o tempo de 59s01. O pódio ainda teve a russa Daria Pikalova (59s13) e a britânica Hannah Russell (1min00s25). Já Lucilene Sousa foi a outra representante brasileira na final e terminou em sexto lugar, com 1min02s42.
Carol Santiago liderou a final desde o início e repetiu o feito alcançado no Mundial de 2019, quando faturou medalhas de ouro nos 50m e nos 100m livre, provas que também venceu no Parapan há dois anos.
A recifense, que representa o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, só recentemente entrou no movimento paralímpico. Em Tóquio, ela ainda está inscrita para a disputa de mais uma prova individual, os 100m peito, na quarta-feira.
MAIS RESULTADOS
Na primeira final do dia da natação, Caio Amorim foi o sexto colocado, com 4min35s16, na disputa masculina dos 400m livre da classe S8 (a oitava entre as 10 para deficientes funcionais).
Já na final feminina dos 50m peito SB3 (a terceira entre as 10 para deficientes funcionais), Patricia dos Santos por pouco não foi para o pódio. Ela terminou na quarta posição, com 1min01s82, e ficou a 0s22 do bronze.