Um dos jogadores mais importantes para o esquema tático do técnico italiano Carlo Ancelotti no Real Madrid, o volante brasileiro Casemiro já está de olho no duelo contra o Paris Saint-Germain, na próxima terça-feira, em Paris, pela rodada de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa. O jogador, acostumado a marcar Lionel Messi nos tempos do craque argentino no Barcelona, agora terá a missão contra o clube francês.
“A ausência dele (Messi no Barcelona) é perceptível, tudo o que ele representou para o Barcelona é perceptível. Ele é um jogador que apaixona todos que o veem. Se você ama futebol, você ama Messi. Está entre os três melhores da história. Depois de sair do Barça e, neste momento de transição, você pode ver o quão importante ele foi para o time. É por isso que ele é um ícone do clube. Ele virá ao Bernabéu novamente em pouco tempo, mas estaremos preparados. Porque é impossível para mim parar Messi sozinho. Os companheiros terão que me ajudar. Contra o PSG veremos um grande jogo”, disse Casemiro, em entrevista à revista espanhola Panenka.
Contando as duas passagens pelo Real Madrid – entre elas jogou no Porto, de Portugal -, Casemiro já soma nove temporadas na capital espanhola. E o brasileiro viveu dois momentos marcantes do futebol local: além da saída de Messi, também presenciou a ida do atacante português Cristiano Ronaldo à Juventus.
Para o volante, o momento de ruptura dos dois craques foi de muito impacto para todos os apaixonados pelo futebol dentro e fora da Espanha, já que, para ele, tanto o argentino quanto o português revolucionaram o esporte.
“Messi e Cristiano transformaram o futebol. Antes os artilheiros da temporada marcavam 20 ou 25 gols. E esses dois chegam e começam a anotar 40, 50 ou 60. Parecia impossível. Eles mudaram esse esporte. Cristiano marcou mais gols do que jogos que disputou pelo Real Madrid. É uma coisa louca”, constatou o brasileiro.
“Quando um jogador assim sai, é normal que o time sinta falta dele. Marcaram o tempo. Mas acho que a chave é mudar o mais rápido possível. O Barça deve se adaptar a essa nova realidade. O Real está readaptado à situação. E o Barça fará isso, com certeza. Porque esses clubes são os maiores do mundo e sempre tiveram os melhores da história”, prosseguiu.
Um dos capitães da seleção brasileira também pediu paciência com Vinícius Júnior, que vive um grande momento com a camisa do Real Madrid, mas que ainda pode ter jogos irregulares por conta da idade do atacante formado no Flamengo.
“Nos primeiros anos, você aprende, conhece o clube, a cidade e ele está em um momento doce, mas não podemos esquecer da idade do Vinícius. Espero que siga crescendo, mas é normal que faça uma partida abaixo, suba na seguinte e volte a cair. Os grandes atletas ganham partidas com uma jogada. Não somos máquinas e com o passar do tempo encontramos a regularidade”, finalizou.