A Confederação Brasileira de Skate (CBSk) dá atenção especial aos atletas mais jovens. É da cultura da modalidade a convivência entre gerações, mas a entidade estende o suporte também à família das crianças. “Oferecemos ajuda de custo ao acompanhante durante as viagens. Além disso, nesses casos, o trabalho da nossa psicóloga envolve todo o entorno familiar e não apenas o skatista em si”, explicou Eduardo Musa, presidente da entidade.
Como é o trabalho da confederação com os atletas de ponta?
Os skatistas que integram a Seleção Brasileira contam com o suporte de uma comissão técnica multidisciplinar. São consultores técnicos, observador técnico, fisioterapeutas, médico, psicóloga e uma área administrativa. Ou seja, a equipe que formamos na CBSk procura atender todas as frentes importantes para o alto desempenho. Nos eventos, o apoio desta comissão se estende a outros brasileiros, a skatistas que também estão focados na vertente esportiva da modalidade.
Como é o trabalho específico com atletas que são muito novos, mas já integram a seleção?
Uma coisa que precisamos contextualizar é que o skate sempre conviveu com esse cenário em que os mais novos andam com os mais velhos. É da cultura da modalidade. Mas quando falamos de esporte de alto rendimento, precisamos ter uma atenção especial aos mais jovens. O que a CBSk vem fazendo nesses casos é estender às famílias o suporte que já prestamos aos skatistas. Por exemplo, oferecemos ajuda de custo ao acompanhante durante as viagens. Além disso, nesses casos, o trabalho da nossa psicóloga envolve todo o entorno familiar e não apenas o skatista em si. No fim, toda a estrutura da comissão também funciona dessa forma, com os pais sendo envolvidos e participando de todos os processos.
A Rayssa Leal é um fenômeno da modalidade, mas muito jovem. Como a confederação lida com essa situação?
Apesar da pouca idade, a Rayssa é muito madura para uma menina de 13 anos. Ela tem uma postura de veterana quando está competindo e, ao mesmo tempo, mantém um ar de menina. A gente percebe nos eventos que ela está se divertindo. E é isso que sempre incentivamos. Não só com a Rayssa, mas com todos, sobretudo os mais novos, que eles nunca percam a alegria de andar de skate. E assim como em outros casos de skatistas mais jovens da Seleção, no caso da Rayssa nosso suporte envolve o todo familiar. Mantemos contato frequente com a família para saber como as coisas estão e de que forma podemos ajudar. Pelo êxito que tivemos na Olimpíada, e digo isso não apenas pela medalha, mas pela felicidade da Rayssa em todo o evento, creio que estamos no caminho certo.