O Santos tem três compromissos seguidos para evitar o vexame de ser eliminado na primeira fase do Paulistão pelo segundo ano seguido. Para isso, o técnico Fabián Bustos promete muito trabalho, a começar na armação da equipe que visita o Palmeiras, fora de casa, no domingo – depois encara Ferroviária e Água Santa. Vendo o time longe do que imagina na partida pela Copa do Brasil, o treinador admite que o time “tem de melhorar muito.”
Bustos não gostou da apresentação da equipe em sua estreia. Mas não achava justo o Santos ser eliminado na Copa do Brasil diante do Fluminense, pelo apresentado no segundo tempo no Piauí. A alternância de comportamento é uma das correções que o treinador buscará ao longo da semana.
“Nossa expectativa era ganhar nos 90 minutos”, enfatizou. “O time se esforçou, mas o rival foi bem e não se pode desmerecer. Porém, temos muito a melhorar no tático, no defensivo, na posse e na criação”, enumerou, mostrando que faltou futebol em todas as partes do campo.
“Temos de melhorar e somos conscientes disso. Precisamos trabalhar mais”, seguiu, insatisfeito com o visto no Albertão. Na terceira colocação da chave no Estadual, o Santos precisa somar pontos e Bustos ainda racha a Cuca para ajustar o time, sobretudo na defesa. Com Auro fora de ritmo e Madson machucado, a equipe vem improvisando Balieiro na direita e sofrendo pelo setor.
Outro problema diagnosticado pelo técnico é carência na armação. O Santos necessita de um meia de ligação. Na visão do argentino, Ricardo Goulart tem de jogar mais próximo ao gol, mas precisa de alguém para servi-lo com qualidade, como fez Gabriel Pirani no lance do empate em Teresina.
Mas há coisas a se comemorar. O técnico festeja a classificação para poder ter mais tranquilidade para impor sua filosofia no time nesta segunda semana apenas de trabalho na equipe. Com a vaga na terceira fase da Copa do Brasil, ele ganha fôlego.
“Sei que é importante ganhar, ainda mais depois dos resultados anteriores (três jogos sem vitórias). Temos de melhorar para sermos mais competitivos”, avaliou. “Times grandes têm necessidade do resultado positivo. Se não tivéssemos classificado, seria mais complicado.”