O técnico Vagner Mancini terá neste domingo o primeiro de 14 jogos para tentar livrar o Grêmio do rebaixamento para a Série B. O duelo será contra o Juventude, às 18h15, na Arena, em Porto Alegre, pela 27ª rodada. O tricolor gaúcho soma apenas 23 pontos e só faz campanha melhor que a lanterna Chapecoense.
Apesar de todas as dificuldades, Mancini não considera este trabalho o seu maior desafio na carreira. “O maior desafio é sempre o próximo. O que é feito vira experiência. Este é o desafio do momento e conto com todos. O Grêmio não é formado só pelos 11 que entram em campo. Há a direção, funcionários, uma torcida apaixonada. Isso fará o Grêmio ter êxito. Precisamos ter uma sinergia muito grande. Imediatamente, preciso atacar em campo, mas que o feito contagie a todos. A energia positiva é importante a todos. O torcedor não quer ouvir sarro na rua e o jogador em campo. É o trabalho dele. Precisamos arrumar os conceitos. A equipe precisa ter cabeça, emocional em dia para desenvolver o que sabe”, disse o treinador.
Os dois treinos orientados para o elenco não proporcionam condições para o novo treinador fazer alterações profundas na equipe. “A mudança precisa ser de dentro para fora, de mentalidade, atitude. Isso se consegue com treinos, concepção de jogo. Preciso atuar na parte emocional do atleta. Todos já jogaram e fizeram boas atuações neste ano. Precisamos resgatar o que eles têm de melhor. Um resgate coletivo, não individual. O torcedor está ansioso, mas precisamos passar confiança para ele jogar conosco. Sei que no começo ele tentará nos incentivar, mas é dentro de campo que ele fará o coro ser mantido para iniciar no domingo a reação.”
A situação desconfortável não parece incomodar Mancini. “Os números não são favoráveis, mas já estive em outros lugares assim e rapidamente conseguimos. Precisamos mostrar ao atleta que é possível. Quando entra em campo, é como quando você acorda, abre a janela e o Sol aparece. Não podemos perder a convicção. Temos um jogo domingo e cada partida precisa ser encarada em decisão. Os números estão aí e precisamos transformá-los.”
JUVENTUDE – O time inicia, neste domingo, a sequência de confrontos diretos na luta contra o rebaixamento. Depois da partida contra o Grêmio, o Juventude vai ter pela frente Ceará (casa), Bahia (casa) e Atlético-GO (fora). Conseguir bons resultados nestas próximas rodadas é importante para o alviverde de Caxias do Sul (RS), que não ganha há quatro jogos e se aproximou da zona de rebaixamento, com 28 pontos.
Não é a toa que, depois da derrota para o Flamengo, por 3 a 1, no Maracanã, na última quarta-feira, a diretoria se reuniu com o elenco e prometeu um incentivo financeiro em caso de resultados positivos durante as próximas rodadas.
“Toda derrota é um sentimento de frustração, mas ali dentro vestiário começamos a citar a sequência que se inicia contra o Grêmio. As ações são diárias, no trabalho com comissão técnica e atletas, inclusive com incentivo econômico. Além de um clássico e toda a rivalidade regional, o jogo vai ser tratado como uma final”, disse o diretor de futebol Marcelo Barbarotti.
No entanto, o técnico Marquinhos Santos corre o risco de perder dois dos seus principais jogadores. Contra o Flamengo, o meia Guilherme Castilho sofreu problemas gastrointestinais e foi substituído no intervalo, enquanto o atacante Ricardo Bueno deixou o campo no final do segundo tempo por causa de um desconforto muscular.
As boas notícias para o treinador são os retornos dos volantes Dawhan e Jadson, que cumpriram suspensão automática contra o Flamengo. Assim, Ricardinho e Juan Quintero devem deixar o time titular.