SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou na tarde deste domingo (29) a morte, aos 79 anos, do belga Jacques Rogge, presidente da entidade de 2001 a 2013 e responsável pelo anúncio da realização das Olimpíadas no Rio, em 2016. A causa da morte ainda não foi divulgada.
“Em primeiro lugar, Jacques amava o esporte e estar com os atletas. E ele transmitiu essa paixão a todos que o conheceram. Sua alegria no esporte era contagiante. Ele foi um presidente talentoso, ajudando a modernizar e transformar o COI. Ele será lembrado principalmente por ser o campeão do esporte juvenil e pela inauguração dos Jogos Olímpicos da Juventude. Ele também foi um defensor ferrenho do esporte limpo e lutou incansavelmente contra os males do doping”, disse o alemão Thomas Bach, atual presidente do COI.
A bandeira olímpica será hasteada a meio mastro por cinco dias na Casa Olímpica, no Museu Olímpico e em todas as propriedades do COI, na Suíça.
Formado cirurgião ortopédico e com especialização em medicina esportiva, Rogge foi 16 vezes campeão belga de rúgbi e campeão mundial de vela, modalidade na qual competiu nas Olimpíadas da Cidade do México-1968, Munique-1972 e Montreal-1976.
Antes de ser eleito presidente do COI, com mandato de 2001 a 2013, presidiu o Comitê Olímpico da Bélgica, de 1989 a 1992, e o Comitê Olímpico da Europa, de 1989 a 2001.
Foi na gestão de Rogge no COI que houve um endurecimento da postura do comitê com relação a casos de doping todos os Jogos que presidiu tiveram casos de punição pela prática.
Além da carreira no esporte e presidindo comitês, Rogge chegou a ser nomeado cavaleiro e, posteriormente, conde pelo Rei Albert II da Bélgica. Ele também serviu como enviado especial da ONU para jovens, refugiados e esportes, realizando missão na Jordânia, em campos de refugiados.