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EsportesNovo parceiro de Isaquias para Tóquio, Jacky mantém tradição baiana na canoagem

Novo parceiro de Isaquias para Tóquio, Jacky mantém tradição baiana na canoagem

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A dupla Isaquias Queiroz e Erlon de Souza, ganhadora de uma medalha de prata na Olimpíada do Rio-2016, não se repetirá nos Jogos de Tóquio-2020.

A CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem) anunciou nesta sexta-feira (2) que Jacky Godmann, 22, será o parceiro de Isaquias, 27, na prova C2 1.000 metros. As disputas começarão em 2 de agosto. Erlon, 30, não se recuperou a tempo de uma lesão no quadril identificada em março de 2020 e acabou fora.

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“Depois do diagnóstico, foi iniciado tratamento fisioterápico e medicação com anti-inflamatórios, entre outros. Após diversas tentativas, a orientação médica passou a ser a intervenção cirúrgica para sanar o problema e possibilitar a sua continuidade na carreira esportiva”, disse Ana Carolina Corte, coordenadora médica do COB (Comitê Olímpico do Brasil), que acompanhou o caso.

Assim como Isaquias, de Ubaitaba, e Erlon, de Ubatã, Jacky também é baiano, de Itacaré. Sua família é formada por outros canoístas, como a tia, Valdenice Conceição, medalhista pan-americana em Toronto-2015 e que participou da Rio-2016, e o tio, Vilson Conceição, medalhista de prata nos Jogos Pan-americanos do Rio-2007.

Com a canoa no sangue, ele começou a praticar cedo. Na adolescência, após a perda da mãe, passou um tempo sem remar, vivendo com a avó “na roça”, mas decidiu retomar as atividades também como lembrança do incentivo materno para se dedicar ao esporte.

“Quis fazer o que minha mãe gostava. Ela gostava de me ver remar, sempre levava uma maçã para eu comer antes da competição”, relembrou em entrevista feita pela CBCa.

Jacky Godmann e Isaquias Queiroz, a dupla brasileira da canoagem velocidade em Tóquio Roberto Peixoto/Canoagem Brasileira Canoístas remam em lagoa ao lado de uma boia laranja **** A partir daí, Jacky se desenvolveu na forte escola baiana e ganhou destaque nacional. Primeiro recebeu convite para treinar em Curitiba, sede da confederação. Foi recentemente que sua carreira deu um salto. Há três anos, o atleta integra a seleção brasileira em Lagoa Santa (MG). Também passou a representar o Flamengo, mesmo clube de Isaquias, depois de receber um convite do três vezes medalhista olímpico.

Curiosamente, a Olimpíada de Tóquio será apenas a terceira competição em que os dois estarão juntos no barco. A estreia foi no Campeonato Brasileiro de 2019, e a segunda vez, na etapa da Hungria da Copa do Mundo, em maio deste ano.

No primeiro evento disputado pela canoagem brasileira desde o começo da pandemia, Isaquias e Jacky ficaram em terceiro lugar. Os treinamentos na concentração em Lagoa Santa não foram afetados pelas restrições, mas o hiato de competições entre o Mundial de 2019 e o retorno durou cerca de um ano e nove meses.

“Com a situação que o Erlon estava passando, o Jacky teve que entrar no C2. Eles têm um emparelhamento em relação à remada. O Jacky tem uma técnica um pouco melhor, mas o Erlon fisicamente é bem mais preparado. Cada um tem a sua qualidade. Eu e o Jacky soubemos nos virar bem. Começamos a treinar mais no início do ano e em pouco tempo ficamos em terceiro na Copa do Mundo, que estava com nível de Mundial”, afirmou Isaquias em junho à Folha de S.Paulo.

Ele também buscará uma medalha no individual (C1 1.000 m). A outra prova na qual foi ao pódio em 2016, C1 200 m, saiu do programa olímpico.

Em vídeo publicado no seu Instagram nesta sexta, Erlon lamentou não ter se recuperado a tempo para repetir a parceria de sucesso. “Chegou um ponto em que percebi que não chegaria num alto nível para conquistar uma medalha nos Jogos ou estar bem. Vou ter que adiar esse sonho da próxima medalha olímpica e começar a pensar em 2024.”

Na canoagem velocidade, o Brasil ainda terá Vagner Souta como representante no K1 (caiaque) 1.000 metros. Ele também esteve na Rio-2016 e foi medalhista nos Pans de Lima-2019 e Toronto-2015.

O treinador do time é Lauro de Souza Júnior, o Pinda, que assumiu a coordenação do trabalho após a morte do espanhol Jesús Morlán, em 2018.

Na canoagem Slalom, Pedro Gonçalves e Ana Sátila serão os participantes do Brasil.

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