BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – As surfistas brasileiras Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb já sabem quem enfrentarão nas oitavas do surfe nas Olímpiadas de Tóquio-2020. Após se classificarem na primeira bateria, a cearense e a gaúcha voltarão ao mar de Tsurigasaki nesta segunda-feira (26, ainda noite de domingo no Brasil).
Silvana, que se classificou em segundo lugar na primeira bateria, ficando atrás da australiana Stephanie Gilmore, heptacampeã mundial, terá como adversária a portuguesa Teresa Bonvalot, de 21 anos.
“Quando eu saí do hotel e vim pra competição, deu um friozinho na barriga, aí eu pensei: ‘calma, relaxa que o nervosismo não é agora’. Eu estou vivendo um sonho e eu penso: ‘Silvana, você está nas Olimpíadas, Silvana, tu acabou de competir, Silvana, tu foi para as oitavas'”, disse a atleta de 36 anos.
“Depois de tudo que eu passei, na hora que eu estava ali, veio um filme na minha cabeça, desde criança até eu chegar aqui, todos os perrengues, momentos difíceis, as felicidades que eu tive, e eu posso dizer que sou muito abençoada e agradeço a Deus por essa oportunidade de fazer o que eu mais gosto e representar bem o meu país”, emendou.
Tatiana, por sua vez, fechou a bateria em primeiro lugar, com 11.33 pontos, deixando para trás a francesa Johanne Defay. No round 3, a gaúcha de 25 anos enfrentará a japonesa Amuro Tsuzuki, a partir 22h36 deste domingo (25, no horário de Brasília).
“É bem diferente, eu estou arrepiada. É difícil acreditar que estamos aqui nas Olimpíadas surfando. É uma honra fazer parte de um grupo de atletas tão poderosos, e eu sou muito grata. Estou muito feliz de estar aqui e muito feliz com minha bateria”, afirmou.
“Além disso, ficando aqui do lado [da área de competição], é muito fácil de treinar a qualquer hora do dia para nos acostumarmos com esse tipo de onda, e isso ameniza o desgaste de termos que vir e voltar todos os dias para Vila”, completou a surfista.
Filha da ex-bodyboarder brasileira Tanira Guimarães e do surfista inglês Doug Weston-Webb, Tatiana nasceu em Porto Alegre, mas se mudou com dois meses para o Havaí, nos Estados Unidos, e se naturalizou brasileira em 2018.