A maneira como Simone Biles deixou os Jogos Olímpicos de Tóquio provocou mais dúvidas do que certezas sobre sua continuidade na ginástica artística profissional. A norte-americana levantou questões importantes sobre a saúde mental dos atletas em ações que podem revolucionar a maneira como lidamos com o tema. A medalhista voltou a falar sobre o assunto e deu indicações de seu futuro.
“O aspecto mental obviamente me pegou durante Tóquio e é, por exemplo, algumas daquelas coisas que você não pode ignorar. Meu corpo não ignorou. Se pudermos manter isso sob controle, adoraria treinar novamente. Mas, no final do dia, se me custar a paz, vou me afastar”, explicou Biles.
Durante as competições na capital japonesa entre julho e agosto, a ginasta norte-americana alegou que não estava em perfeitas condições para participar das finais dos diferentes aparelhos para os quais se classificou. Na modalidade, a concentração é imprescindível e sua falta pode causar graves acidentes, uma vez que os movimentos executados – principalmente na trave, no salto e no solo – têm níveis dificílimos.
Biles indica que não deve permanecer profissionalmente na ginástica. Os próximos meses serão decisivos na vida da atleta. Aos 24 anos, Biles era tida como ampla favorita para arrebatar a maioria das medalhas de ouro na última Olimpíada.
“Estou completamente bem em me afastar, porque já passei por muito. Eu conquistei muito”, disse Biles, relembrando seus quatro ouros e um bronze na Rio-2016, além das medalhas de prata e bronze conquistadas em Tóquio neste ano. Simone Biles concluiu nesta semana uma turnê de apresentações da equipe norte-americana de ginástica pelos Estados Unidos.