Em sua melhor fase da carreira, o tenista Igor Marcondes voltou a enfrentar problemas com doping. Nesta quinta-feira, o paulista de 24 anos revelou ter sido notificado pelo Programa Antidoping da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) por não ter sido localizado para realizar os exames de rotina.
Marcondes, portanto, não apresentou teste positivo para nenhuma substância proibida desta vez. Ele foi enquadrado por não ter atualizado as autoridades sobre suas localizações no sistema do Programa Antidoping. Ao não ser encontrado por três vezes numa mesma temporada, o brasileiro foi notificado, o que equivale a uma infração do código antidopagem.
“Venho informar que após o Challenger de Blumenau, em janeiro, recebi um comunicado oficial da ATP de que havia cometido uma violação do Programa Antidopagem, por problemas decorrentes da minha localização em três situações durante o ano de 2021”, anunciou o tenista, em suas redes sociais.
A cobrança pela localização dos tenistas é rotina nos sistemas antidoping da ATP, da WTA (associação feminina) e da Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês). É uma obrigação dos tenistas manter as entidades atualizadas sobre a localização. Um atleta pode ser chamado para um teste a qualquer momento, até mesmo em momentos de férias ou longe dos torneios.
Marcondes vinha em grande fase na carreira. Ele faturou dois títulos de nível Challenger nos últimos meses, em Blumenau e em Florianópolis, ambos em Santa Catarina. E deu um salto no ranking. De 524º para o atual 272º lugar, sendo o número cinco do Brasil em simples no momento.
Com este revés, deverá perder estas posições nas próximas semanas. “Por se tratar de um assunto delicado e importante, decidi procurar ajuda profissional e me afastar temporariamente do circuito internacional para me dedicar à defesa da melhor maneira possível perante à ITF. Agradeço pelo apoio recebido e informo que me dedicarei ao máximo para voltar o mais breve possível”, declarou o tenista.
Trata-se do segundo problema do brasileiro com as regras antidoping. Em 2018, ele testou positivo para o diurético hidroclorotiazida, substância proibida pela Agência Mundial Antidoping porque este tipo de medicamento tem potencial para mascarar o eventual uso de outras substâncias. Na ocasião, foi suspenso por nove meses. Agora, na condição de reincidente, o tenista corre o risco de levar um gancho semelhante ou até maior.